sexta-feira, 29 de junho de 2012

Alimento orgânico já é mais barato

Publicado em 09/06/2012 | CASSIANO RIBEIRO

Segundo a Gazeta do Povo as hortaliças orgânicas produzidas na região de Curitiba, devem movimentar R$ 150 milhões nesta temporada.
Os alimentos livres de agrotóxicos ganham terreno no Paraná e, com o aumento na produção, tornam-se mais competitivos frente aos produtos convencionais.

Os preços dos orgânicos, que até pouco tempo atrás eram o principal entrave para o desenvolvimento da atividade, são iguais ou até mais baratos se consideradas as cotações praticadas nas feiras livres.

Além das hortaliças, frutas como maçã, banana, manga e caqui destacam-se nesse mercado. “Durante a época de colheita desses produtos, o preço praticado nas feiras orgânicas está competindo lado a lado com o da feira convencional”, aponta Ivo Melão, presidente da Associação dos Consumidores de Orgânicos (Acopa). Nos supermercados, os orgânicos continuam mais caros: custam cerca de 30% a mais que os convencionais.

No caso de hortaliças como alface, por exemplo, um dos itens que mais ganha escala na produção orgânica, principalmente na região que cerca Curitiba, o preço do convencional chega a ser R$ 0,30 mais caro do que o do orgânico, conforme levantamento do Instituto Emater e da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab). Uma cabeça de alface livre de agrotóxico vale, em média, R$ 1, conforme a Emater. O preço médio do produto convencional, calculado pela Seab, é de R$ 1,31. Em Cascavel, passa de R$ 2 por unidade.

A oferta de alimentos considerados mais saudáveis do que os cultivados de forma tradicional, com agrotóxicos ou transgênicos, é apontada como a causa desse equilíbrio nos preços. Embora maior parte do escoamento da produção orgânica ainda esteja dependente das feiras de rua, o consumo tem sido facilitado com a entrada de novos comerciantes nesse segmento. Além de restaurantes e até mesmo lojas de roupas, o público ‘ecologicamente correto’ conta com mercados dedicados exclusivamente à venda de orgânicos.

Segundo Iniberto Hammerschmidt, coordenador estadual de olericultura da Emater, o apetite da população por alimentos orgânicos cresce mais de 50% ao ano e ainda deve abocanhar maior fatia do mercado. “Hoje, cada paranaense consome 45 quilos de hortifrutigranjeiros por ano. Mas a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 135 quilos. Ou seja, nós consumimos apenas um terço da quantidade recomendada”, argumenta. 

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