quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS PARA TODOS




Uns

Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
o dia, porque és ele.


Ricardo Reis
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Manifeste-se pela proibição dos agrotóxicos Acefato e Endossulfan!

A chamada acima faz parte das reenvidicações da AS-PTA e consta de seu Boletim 460 - 25 de setembro de 2009.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está realizando duas consultas públicas sobre a proposta de banimento dos agrotóxicos Endossulfan e Acefato (ver Boletim 458).

As consultas fazem parte do processo de reavaliação toxicológica de 14 ingredientes ativos de agrotóxicos que a Agência está realizando, apesar de todos os esforços do agronegócio e da indústria do setor para impedir este trabalho (ver Boletim 419). Na maior parte dos casos são venenos que já foram banidos ou restritos em diversos países.

Em relação ao Endossulfan, a Anvisa recomenda “a proibição desse agrotóxico no país, considerando que os estudos descritos na Nota Técnica demonstram que esse agrotóxico possui características genotóxicas (alterações genéticas), neurotóxicas (danos ao sistema nervoso), danos ao sistema imunológico e provoca toxicidade endócrina ou alteração hormonal e toxicidade reprodutiva e malformações embriofetais. Tais características levaram à proibição deste agrotóxico em diversos países devido aos riscos para a saúde humana.”

Sobre o Acefato, a Anvisa indica “restrições de uso e posterior proibição desse agrotóxico no país, considerando que os estudos descritos na Nota Técnica demonstram que esse agrotóxico possui características genotóxicas (alterações genéticas), pode causar câncer e leva a distúrbios neuropsiquiátricos e cognitivos (dificuldades de aprendizagem). Tais características levaram à proibição deste agrotóxico em diversos países devido aos riscos para a saúde humana.”

Veja a matéria completa na página da AS-PTA

Revista Caros Amigos traz matéria sobre agrotóxicos

Análises laboratoriais realizadas em 33 marcas de feijão vendidas normalmente no comércio das regiões sul, sudeste e centro-oeste, constataram que o alimento mais popular dos brasileiros está seriamente contaminado com resíduos de agrotóxicos
nocivos à saúde. Pelo menos um terço das marcas examinadas apresentaram inseticidas proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente o Brasil é o campeão mundial de uso de agrotóxicos nos alimentos. A maior parte dos produtos consumidos diariamente pela população – frutas, verduras e cereais – carrega venenos que afetam o sistema nervoso, provocam depressão e vários tipos de cânceres. A jornalista Tatiana Merlino visitou lavouras no interior do Estado de São Paulo, testemunhou trabalhadores pulverizando agrotóxico sem equipamentos de proteção, entrevistou especialistas e montou um quadro – real e assustador – sobre esse processo criminoso de envenenamento, comandado por interesses econômicos de grandes empresas estrangeiras.

Veja mais na Revista Caros Amigos

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Estudo prova que três milhos da Monsanto são prejudiciais à saúde

Um estudo publicado na revista International Journal of Biological Sciences (http://www.biolsci.org/) demonstra que três milhos geneticamente modificados da empresa Monsanto são tóxicos e prejudiciais à saúde, anunciou em 11 de dezembro o Comitê de Pesquisa e Informação Independente sobre a Engenharia Genética (Criigen, com sede em Caen, na França), que participou do estudo.

“Provamos pela primeira vez ao mundo que estes OGMs (organismos geneticamente modificados) não são saudáveis, nem suficientemente corretos para serem comercializados. (...) Os três OGMs causam problemas nos rins e no fígado, que são os principais órgãos a reagir quando há intoxicação alimentar química”, declarou Gilles-Eric Séralini, especialista membro da Comissão para a Reavaliação das Biotecnologias, criada em 2008 pela União Europeia (UE).

Professores universitários de Caen e Rouen e pesquisadores do Criigen se basearam nos relatórios fornecidos pela Monsanto às autoridades de saúde para obter a autorização para comercializar o produto, mas suas conclusões são diferentes das da multinacional depois de novos cálculos estatísticos. Segundo Séralini, as autoridades de saúde se baseiam na leitura das conclusões apresentadas pela Monsanto e não no conjunto dos números. Os pesquisadores conseguiram a íntegra dos documentos da Monsanto depois de uma decisão judicial.

“Os testes da Monsanto, feitos em noventa dias, não são suficientemente longos para comprovar se os OGMs provocam ou não doenças crônicas. Por isso pedimos testes de pelo menos dois anos”, explicou um pesquisador. Os cientistas pedem, em conseqüência, a “proibição enérgica” da importação e do cultivo desses OGMs nos países da União Europeia.

Vários países da Europa já proibiram a produção e importação de OGMs autorizadas pela União Europeia:

• Alemanha (milho Mon810, da Monsanto)
• Áustria (milho Mon810 e 863, da Monsanto; milho Bt-176, da Syngenta, e T25, da Bayer; e colza GT73, MS8Rf3)
• França (milho Mon810, da Monsanto)
• Hungria (milho Mon810, da Monsanto)
• Grécia (colza Topas 19/2, da Bayer, e milho Mon810, da Monsanto)
”Luxemburgo (milho Bt-176, da Syngenta, e Mon810, da Monsanto).

Os três OGMs (MON810, MON863 e NK603) “são aprovados para consumo animal e humano na União Europeia e nos Estados Unidos” sobretudo, esclarece Séralini. “Na União Europeia, só o MON810 é cultivado em alguns países, sobretudo na Espanha, os outros são importados”, acrescenta. Uma reunião dos ministros da União Europeia está prevista para esta segunda-feira (14), com o objetivo de avaliar o MON810 e o NK603.

Segundo a secretária para a Ecologia da França, Nathalie Kosciusko-Morizet, os lóbis das multinacionais dos transgênicos são muito fortes na União Europeia, e influenciam na redação das diretrizes do organismo, que valem para os 27 países da UE. “É um problema com o qual nos confrontamos, pois as diretrizes deixam pouca margem de manobra para cada país da Europa”, afirma.

Fonte: Le Monde 14/12/2009


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

PLANTA EXÓTICA RESISTENTE AO GLIFOSATO

A BUVA, planta exótica considerada “erva daninha”, adquiriu resistência ao glifosato, contrariando as alegações dos defensores dos transgênicos de que não ocorreriam migrações gênicas de uma espécie vegetal para outra.

Em matéria intitulada BUVA “TRANSGENICA” RESISTE AO GLIFOSATO”, publicada dia 01 de dezembro, pelo jornal paranaense Gazeta do Povo, em seu caderno Caminhos do Campo: “a erva daninha conhecida como buva traz ao produtor brasileiro de soja um problema que , nos Estados Unidos e na Argentina, chegou a colocar em xeque o futuro da soja transgênica. Ao ganhar resistência ao glifosato, a planta daninha só morre com mudança no manejo e combinação de herbicidas. Em muitas lavouras, precisa ser arrancada manualmente. Ou seja, amplia o uso de agrotóxicos e dificulta o cultivo, anulando as principais vantagens da RR.

[...] a buva exige ação conjunta, uma vez que se espalha facilmente com o vento. Uma única planta produz até 200 mil sementes, conforme os especialistas. A semente da buva é 2 mil vezes mais que a da soja, o que lhe permite viajar no vento por centenas de quilômetros antes da germinação [...]

Como disputa luminosidade, água enutrientes, a buva reduz a produtividade da soja. A Embrapa relata casos de queda de 70% na produção, nas áreas mais afetadas.”

Os doutores não vão se explicar? Não afirmavam que isto não aconteceria?

A impunidade será novamente a regra?