terça-feira, 27 de março de 2012

O ENIGMA DA FENIX

Recebi o texto abaixo que conta um pouco da história que poucos conhecem  e que merece ampla divulgação por parte daqueles que querem uma agricultura responsável e livre os agrotóxicos e de outros químicos.

Em 1994 a BBC de Londres, escolheu entre as quatro maiores inovações tecnológicas, um projeto criado em Cachoeiro de Itapemirim, pequena cidade do sul do Espírito Santo, onde fora instalado dez anos antes sem gastos ou publicidade. O Eng. Agr. Nasser Youssef Nasr, funcionário da Prefeitura Municipal aproveitara um terreno abandonado de aproximadamente dez hectares implantando o Hortão com a finalidade de abastecer a merenda escolar de quinze mil alunos e obra social (creches, asilos, orfanatos e restaurante dos funcionários, onde se alimentava mais de 700 funcionários do município).
Isto poderia parecer  um trabalho corriqueiro, mas naquele Hortão toda a produção de frutas e hortaliças era feita sem uma gota de veneno ou de fertilizantes quimicos solúveis, tampouco havia controle das mal denominadas ervas daninhas e assustava mais aos técnicos que aos leigos com o cultivo feito totalmente no meio do mato.
Tive a oportunidade de presenciar um “famoso” entomologista professor na renomada Universidade de Viçosa, que foi recebido com um alerta: Professor, todos os insetos que o Sr. conhece e também os que o Sr. não conhece estão aqui presentes, mas sem um alfinete nas costas. O que fez o mesmo imediatamente retirar-se por “assuntos urgentes a resolver”.
A agricultura orgânica, hoje denominada sociologicamente de agroecologia, era ali executada como “agricultura natural”, onde os índices de produtividade eram fabulosos: Laranja, 8 caixas padrão por planta de seis anos, quando a média nacional é de 2,5 caixas.
Cenoura e Beterraba 100 toneladas/Ha, enquanto a média nacional é de 35 toneladas/Ha. Todos os valores eram fantásticos, por exemplo um pé de alface oscilava em 900 e 1.100 gramas.
No caso da dificil produção de tomate, é bem verdade, que a média nacional era de 80 toneladas por Ha, e o Hortão produzia 63 toneladas/Ha,  mas com um teor de matéria seca 33% maior, com sementes próprias, sem o alto custo de produção.
O hortão destruiu a figura “importada e imposta” de que produtos orgânicos deviam ser pequenos e feios.  Sua estética sempre foi exuberante.   Em 1987 a poderosa Petrobras resolveu ampliar este projeto para os terrenos baldios da cidade de Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro junto às organizações comunitárias e de mulheres para mitigar a fome, com rotundo sucesso.  Este modelo foi útil ao governo revolucionário cubano no soçobrar da União Sovietica no declarado de “Regime de Emergência”.
Somente os brasileiros podem acreditar, este trabalho científico de alto gabarito, jamais recebeu o devido apoio oficial dos governos federal, estadual, e no municipal era apenas tolerado por sua repercussão, mas foi lentamente aniquilado pela vaidade doentia de um prefeito carreirista, talvez interessado na privatização da merenda escolar e suas famosas propinas.
Mas, ressurgindo das cinzas como a ave mitológica Fenix, em 2004, o Hortão está agora em Guarapari, cidade litorânea do mesmo Estado brasileiro, sem que houvesse uma responsabilização pelo tempo, conhecimento e avanço perdido, com o apoio da antiga Fundação Juquira Candiru, hoje Juquira Candiru Satyagraha.  Eis que, em uma área de 15 Hectares  com cultivos inovadores como côco, banana, jaca, abiu, goiaba, banana, caju, manga, citros, cravo, canela, hortas, milho, feijão, aipim, além de tanques de criação de  peixes, a Fenix levanta vôo com maior ímpeto. A terra vem sendo trabalhada com maior inovação e os resultados são mais retumbantes ainda.  A única coisa que permanece igual à época anterior, é o descaso das autoridades, preocupadas em apoiar ONGs e suas campanhas de “faz de conta” sobre o uso de agrotóxicos, transgênicos e perfumarias similares.
O antigo hortão municipal teve o registro de mais de vinte mil visitas de cidadãos de todas as nações do planeta, onde tecnologias inovadoras como o uso da vegetação adventicia como alimento dos micróbios e fortalecimento do Ciclo do Carbono para a fertilidade; uso de pó de mármore via foliar; uso de biofertilizantes e uso de farinhas de rochas para a mineralização dos alimentos e elevação de sua qualidade, que hoje são moda consumista. Todas tiveram ali seu berço esplendido com uma antecedência de 30 anos da matriz da “Saúde do Solo”, hoje política pública multilateral e oficial na União Européia, que deverá chegar ao Brasil dentro de cinco a dez anos quando for de interesse das multinacionais. 
Um curso estratégico de “Saúde do Solo”, com Cromatografia de Pfeiffer permitiu a análise sistemática do solo da área cultivada e inicio do album que levará ao Atlas do solo do Centro de Agricultura Orgânica para acompanhamento da evolução da vida, Ciclo do Carbono, controle e sistematização de sua fixação ao solo, da mesma forma como uma mãe acompanha o crescimento e desenvolvimento de seu filho em um album de fotografias, na nova etapa da Juquira Candiru Satyagraha, “Húmus é Vida”.
Em um mundo caótico em que banqueiros oportunistas e ONGs confabulam por dinheiro para “ajudar pobres e marginalizados” ou para fixar Carbono ao Solo e salvar a natureza e planeta para viabilizar a biotecnologia, no Centro de Agricultura Orgânica isto continua a ser feito de forma consciente e responsável com poupança e recursos próprios, embora tenham  seus executores que purgar perseguições e difamações por haver desafiado não só as multinacionais de agrotóxicos, fertilizantes, extensão e pesquisa rural, mas, e principalmente, por ter desafiado a poderosa empresa de celulose de sua majestade real britânica (Aracruz Celulose), desmascarando por contundentes ações do eng. agr. Nasr.
É triste viver em um país que conseguiu fazer uma campanha mundial pioneira contra os agrotóxicos e alcançou sua Lei Nacional; mas sob a bandeira de um governo popular passou de quarto consumidor para primeiro, fortalencendo a ordem e alicerces do Estado Mundial Totalitario.

Vigilância da Saúde dos Trabalhadores Expostos a Agrotóxicos: CONVITE WEBCONFERÊNCIA

CONVITE  WEBCONFERÊNCIA

Vigilância da Saúde dos Trabalhadores Expostos a Agrotóxicos:
Diagnóstico, Tratamento e Notificação.


Data: 03 de Abril de 2012. Horário: 14h30 às 17h.
Para acessar a webconferência, digite o endereço abaixo:
www.escoladesaude.pr.gov.br


APRESENTAÇÃO

O Paraná é um dos estados que mais utiliza agrotóxicos no país. Esta utilização maciça traz inúmeros impactos negativos à saúde humana e à natureza. Dentre estes, destacam-se as intoxicações em trabalhadores de diversas atividades onde há uso destes produtos.Anualmente, são notificados em torno de 320 ocorrências de intoxicação por agrotóxico, relacionadas ao trabalho no Paraná.De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, para cada evento de intoxicação por agrotóxico notificado, há outros 50 não notificados.No âmbito do SUS, os profissionais indicam dificuldade para o diagnóstico e tratamento das intoxicações por agrotóxicos, principalmente as intoxicações crônicas.


OBJETIVOS:


-  Melhoria da atenção às intoxicações por agrotóxico.
-  Aumento das notificações das intoxicações por agrotóxicos relacionadas ao trabalho.


PROGRAMAÇÃO:


14.30    Abertura14.40h    Breve histórico do registro das intoxicações por agrotóxicos no Paraná
Giselia  Rubio -  Divisão de Zoonoses e Intoxicações


15h    Perfil e notificação das intoxicações por agrotóxicosrelacionadas ao trabalho no Paraná. 
CEST/Centro Estadual de Saúde doTrabalhador-PR1


15.20h    Diagnóstico e Tratamento das Intoxicações por Agrotóxicos 
Dra. Heloisa Pacheco Médica Neurologista. Professora Adjunta do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro -IESC/UFRJ - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva/UFRJ1


16h    Debate


16.30    Encerramento


AS WEBCONFERÊNCIAS PODERÃO SER ASSISTIDAS AO VIVO OU BAIXADAS DEPOIS DE SUA EXIBIÇÃO AO VIVO NO SITE DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO PARANÁ TODOS PODERÃO ASSISTIR A ESTE EVENTO E ENVIAR SUAS MENSAGENS VIA CHATE SERÃO LIDAS AO VIVO


Para acessar a webconferência, digite o endereço abaixo:www.escoladesaude.pr.gov.br


Dúvidas: acesse o site da Escola de Saúde (acima) ou através do telefone3342-2293 ramal 211 (antes do dia da web)

domingo, 25 de março de 2012

Trabalho rural e intoxicações por agrotóxicos

Com o título Trabalho Rural e intoxicações por agrotóxicos o  artigo dos  pesquisadores  Neice Müller Xavier Faria, Luiz Augusto Facchini,  Ana Claudia Gastal Fassa e Elaine Tomasi  da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas publicado no Caderno de Saúde Publica, Rio de Janeiro, 20(5):1298-1308, set-out, 2004,  demonstra que o uso de agrotóxicos na agricultura brasileira é intenso e, apesar disso, são escassos os estudos de base populacional sobre as características da utilização ocupacional ou sobre as intoxicações por agrotóxicos. Este estudo objetivou construir um perfil da exposição aos agrotóxicos e analisar a incidência de intoxicações por estes produtos. Usando um delineamento transversal, foram avaliadas as características da propriedade e da exposição aos pesticidas. Entre 1.379 agricultores, a incidência anual de intoxicações por agrotóxicos foi de 2,2 episódios por cem trabalhadores expostos, não sendo encontradas diferenças por sexo. Por meio de regressão de Poisson,evidenciou-se que entre as várias formas de exposição, aplicar agrotóxicos, re-entrar na cultura após aplicação e trabalhar com agrotóxicos em mais de uma propriedade se mostraram associadas a um aumento no risco de intoxicação. Os resultados deste estudo fornecem instrumentos para ações visando à redução das intoxicações ocupacionais por agrotóxicos.




Mundo orgânico: A importância da minhoca na agricultura orgânica

Mundo orgânico: A importância da minhoca na agricultura orgânica

sábado, 3 de março de 2012