quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Análise identifica resíduos de herbicida em amostras de ovos

Da Agência USP de Notícias

Pesquisa apresentada na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (Universidade de São Paulo) identificou resíduos de herbicida em amostras de ovos comercializadas em São Paulo. A substância, possivelmente incorporada por intermédio da alimentação das galinhas, pode contribuir com o aparecimento de doenças crônicas em seres humanos. O estudo recomenda maior orientação aos produtores de alimentos, visando evitar o uso inadequado de pesticidas e medicamentos nos cultivos agrícolas e criações de animais.

A pesquisa buscou resíduos de agrotóxicos existentes nos ovos, por serem alimentos bastante consumidos pela população em geral. “Sabe-se que essa produção utiliza grande quantidade de agrotóxicos, para combater doenças nos animais”, afirma a bióloga Cláudia Ciscato, que realizou a pesquisa. Parte das amostras foi enviada por uma granja e as demais adquiridas no comércio, para simular o consumo do produto e verificar a presença de contaminantes.

Os ovos foram submetidos a análises capazes de identificar de 140 a 150 substâncias tóxicas diferentes, entre organoclorados, organofosforados, carbonatos, pireticidas e alguns tipos de fungicidas e herbicidas. “Durante os testes, detectou-se a presença de herbicida, possivelmente utilizado para combater pragas surgidas no cultivo do alimento fornecido aos animais”, conta. “O mais provável é que o pesticida, ao ser incorporado pela galinha durante a alimentação, tenha se translocado para o ovo.”

Segundo Cláudia, cerca de 80% das amostras alimentos de origem vegetal e animal analisados habitualmente em laboratórios não possuem resíduos de agrotóxicos, ou estes são encontrados em valores abaixo dos tolerados pela legislação. “O restante das amostras, porém, contém produtos que não possuem legislação pertinente, ou seja, são usados de forma indevida pelos produtores para o controle de doenças e pragas, podendo trazer riscos para a saúde humana.”

Riscos

O contaminante encontrado nos ovos não necessariamente irá causar impacto imediato no consumidor, aponta a pesquisadora. “Seria necessário verificar a dieta de quem consome o produto, pois as quantidades encontradas não são suficientes para causar uma intoxicação aguda”, observa. “Entretanto, a longo prazo, há a possibilidade do herbicida contribuir para alguma doença crônica, como alergia, reumatismo, problemas nos sistemas nervoso e reprodutivo, além do aparecimento de tumores.”

De acordo com Cláudia, os maiores riscos de contaminação recaem sobre os próprios animais e as pessoas que aplicam os agrotóxicos. “Em muitos casos, por falta de orientação, os aplicadores não tem ideia da dosagem adequada para aplicação”, alerta. “Também faltam indicações sobre o perigo de adotar produtos inadequados para uso animal, como defensivos agrícolas.”

Para prevenir os riscos de contaminação, a pesquisadora recomenda maior orientação aos produtores de alimentos de origem vegetal e animal. “E necessário que haja monitoramento da parte do governo, para verificar a situação da alimentação e dessa forma, orientar o pessoal do campo, para que haja produção de alimentos com qualidade”, enfatiza.

O trabalho faz parte da tese de doutorado de Cláudia Ciscato, orientada pela professora Elenice Souza Espinosa, do Departamento de Patologia Experimental Comparada da FMVZ. Os testes com as amostras de ovos aconteceram no Laboratório de Resíduos de Pesticidas do Instituto Biológico, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura de São Paulo. A pesquisa teve apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A EMBRAPA : QUE VERGONHA.

Enquanto vamos avançando e ganhando já há dois anos o prêmio de maior consumidor de agrotóxicos do planeta e precisando de estudos nacionais sobre resíduos de venenos em nossas águas a nossa Empresa de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA prefere navegar em outros mundos.

Em 2008 despejamos 700 milhões de quilos de veneno em nosso ambiente, contaminamos solos, água, alimentos, trabalhadores, pessoas, etc.. e a EMBRAPA vai estudar contaminação de águas subterrâneas em país africano. Como diria o jornalista ISTO É UMA VERGONHA e um desrespeito a população brasileira que paga os gastos da empresa.

Vejam a matéria abaixo postada, ontem, 19/10/2010 no AgoraMS:

AGRO-PECUáRIA - DOURADOS - - MS

Mato Grosso do Sul, Terça-Feira, 19 de Outubro de 2010 - 09:27

Embrapa vai estudar contaminação por agrotóxicos em país africano
Um projeto de cooperação técnica internacional entre a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) e a Universidade de Lomé, no Togo, localizado no Oeste da África, vai viabilizar o estudo da contaminação de águas subterrâneas por agrotóxicos em áreas produtivas de hortifrutigranjeiros no país africano.

Com o tema “Lixiviação de pesticidas e contaminação do lençol freático em áreas costeiras de produção vegetal no Togo”, o projeto é um dos seis aprovados - entre 61 propostas apresentadas por unidades da Embrapa – na Plataforma África-Brasil de Inovação Agropecuária, para os quais foram destinados 480 mil dólares. Os trabalhos serão iniciados no começo de
2011 e terão duração de dois anos.

“A preocupação dos pesquisadores do Togo é muito grande quanto ao impacto da atividade agrícola na água”, destaca o pesquisador líder do projeto, Rômulo Penna Scorza Junior. Ele explica ainda que a cooperação entre a Embrapa e a Universidade engloba tanto a parte técnico-científica, quanto a capacitação dos africanos.

Após os experimentos de campo e a coleta das amostras na região de Lomé, capital do Togo, as análises serão realizadas no Laboratório de Análise de Resíduos de Pesticidas da Embrapa Agropecuária Oeste. “Dependendo dos resultados, eles podem servir de subsídio para a elaboração de políticas públicas para o uso mais adequado dos produtos evitando, assim, mais contaminações por agrotóxicos”, explica Rômulo.

Outro componente do projeto é o treinamento de pesquisadores africanos para o uso de um programa de computação para avaliar o potencial de contaminação dos recursos hídricos por agrotóxicos.

Plataforma

A finalidade da Plataforma África-Brasil é incrementar a inovação e o desenvolvimento da agricultura no continente africano através de parcerias entre organizações africanas e brasileiras. Os parceiros do programa, além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), são: organizações africanas nacionais e sub-regionais de pesquisa e desenvolvimento; Agência Brasileira de Cooperação; Forum for Agricultural Research in Africa; International Fund for Agricultural Development; United Kingdom Department for International Development e Banco Mundial.

domingo, 17 de outubro de 2010


Temos mais um instrumento de consulta O Jornal eletrônico O DIARIO VERDE, lançado este final de semana, traz notícias sobre meio ambiente, biodiversidade e sustentabilidade.

O Jornal O DIARIO VERDE pretende, também, veicular informações sobre segurança alimentar, produção orgânica, transgênicos e inovações para a melhoria da qualidade de vida.

Acesse O Diário Verde

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Orgânicos, da carne à cervejinha


Com o título acima o Portal Estadao.com.br traz matéria de Cíntia Bertolino do "O Estado de S.Paulo" e foto de Felipe Rau/AE sobre o recém-inaugurado Quintal dos Orgânicos, na Vila Madalena, misto de mercado e cafeteria.

Em um amplo galpão na Vila Madalena começou a funcionar nesta semana o Quintal dos Orgânicos, misto de loja e cafeteria em que tudo o que está à venda - e é servido ali - é orgânico, como diz o nome. E você não encontra apenas legumes, frutas e verduras cultivados sem agrotóxicos. A oferta de produtos orgânicos deste mercado inclui cafés, azeites, vinhos e até carnes.

Os legumes, verduras e frutas chegam diariamente e são dispostos no bonito mobiliário rústico feito com madeira de demolição. As frutas vêm com uma plaquinha indicando onde foram cultivadas. Assim fica-se sabendo que a mexerica viajou desde Montenegro, Rio Grande do Sul. A laranja lima vem de Arapiraca, Alagoas e o melão espanhol de Santa Teresinha, Paraíba.

Tamanha atenção faz parte da filosofia do proprietário Nardi Davidson. "Só vendemos o que está na época. Não é como um supermercado comum em que tem melão o ano inteiro", avisa.

Nos refrigeradores laterais, uma boa surpresa. Contra-filé, miolo de alcatra, coxão duro, patinho, costela em tiras, produtos da linha orgânica da Friboi.

Para ser considerado orgânico o gado não pode ser tratado com medicamento alopático e alimentado em pasto sem aditivos químicos. As carnes ficam ao lado dos laticínios: ricota e mussarela de búfala, queijo minas, queijo tipo brie.

Graças à oferta de condimentos, azeites, vinagres, massas e mudas de ervas para levar para casa é possível montar uma refeição completa orgânica, incluindo bebidas - sucos, a uma cerveja da Eisenbahn, e vinhos como o chileno Novas, Emiliana.

A cafeteria serve café da manhã e almoço. O cardápio funciona com preço fixo (R$ 26) e oferece cremes, tortas, saladas, legumes e sucos que mudam diariamente. "O cardápio muda de acordo com o que houver de melhor aqui no dia", diz Davidson.

Quintal dos Orgânicos
R. Fradique Coutinho, 1.416,
Vila Madalena. 2386-1881.
Das 7h30/20h. Café da manhã: 7h30/10h. Almoço até as 15h

Disponível em Estadao.com.br


domingo, 10 de outubro de 2010

Reflexões sobre o mundo da criança por Mário Sérgio Cortella.

Nesta manhã de domingo depois do café da manhã, me deparo com o Professor Mário Sérgio Cortella no Google video. Como apreciador de seus ensinamentos, dei-me o tempo para escutá-lo. Reflexões que aparentemente são do mundo infantil dizem muito mais a respeito de nós mesmos nos dias de hoje e de nossas vidas, portanto, para aqueles que se dispuserrem a peder 51'44", ai esta esta brilhante aula.