quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Projeto do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), sobre sementes transgênicas - vergonhoso

Do Faca Amolada

Reproduzindo texto postado no blog: Faca amolada, mais uma dos nossos deputados.

Vejamos a matéria:

Projeto de lei de Cândido Vaccarezza (PT-SP) é de coautoria de advogada da multinacional Monsanto. Proposta libera uso das sementes “terminator”, proibidas em todo o mundo e condenadas pela ONU e pelo Conselho de Segurança Alimentar no Brasil
Um projeto do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), sobre sementes transgênicas foi redigido com auxílio de uma advogada da empresa Monsanto. A proposta libera o uso da polêmica tecnologia “terminator” no Brasil e tem como coautora a advogada Patrícia Fukuma, conhecida por defender causas de empresas com patentes de organismos geneticamente modificados (OGMs) e assessorar juridicamente a indústria de alimentos. Entidades ambientais e da agricultura familiar ouvidas pelo Congresso em Foco entendem que Vaccarezza fez lobby para a indústria de alimentos e multinacionais de transgênicos. O petista nega a acusação.

A proposta revoga, da Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), o artigo que proíbe a utilização, comercialização e outros usos das tecnologias genéticas de restrição do uso (Gurts, na sigla em inglês) no Brasil. Essa tecnologia é responsável por produzir plantas geneticamente modificadas com estruturas reprodutivas estéreis. A partir dessa tecnologia, são criadas sementes que só podem ser germinadas uma vez, pois as sementes originadas dessas plantas não têm capacidade de se reproduzir. Leia a íntegra da proposta.

Uma das Gurts é conhecida como terminator. Por ser considerada uma ameaça à diversidade de cultivos e à soberania alimentar, desde 1998, a ONU, pela Convenção da Biodiversidade, recomenda aos países que não façam testes nem comercializem sementes com tecnologias genéticas de esterilização. Na convenção de 2006, o governo brasileiro decidiu manter moratória a essa tecnologia, compromisso que permanece atualmente.

“Pelo risco que representa, no âmbito da Conversão sobre Biodiversidade Biológica, existe uma moratória internacional para que nenhum país plante essas sementes nem faça estufa em plantio experimental, muito menos, em plantio comercial. Esse projeto de lei pega o artigo da Lei de Biossegurança, que reforça a moratória na legislação nacional, e altera a redação justamente para permitir essa tecnologia”, explica o engenheiro agrônomo Gabriel Fernandes, da ONG Agricultura familiar e agroecologia (Aspta).

Interesses

Na avaliação das entidades, a coautoria da advogada da Monsanto comprova os interesses da indústria de alimentos e de multinacional que detém patentes de transgenias na aprovação do projeto de Vaccarezza. A coautoria da advogada ao projeto do líder do governo é comprovada no arquivo da proposta que consta no site da Câmara. Na página do projeto, o arquivo em PDF do PL 5575/2009 tem como autora Patrícia Fukuma. O nome da advogada aparece nas propriedades do documento. Em arquivos de matérias legislativas, a Câmara não costuma identificar o autor do documento.

Do Congresso em Foco

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Os xenobióticos causam danos aos receptores hormonais

DA ZERO HORA

Alimentação correta auxilia o processo de reprodução assistida.
Reeducação alimentar prepara o útero para implantação do embrião.

A alimentação é um dos grandes dilemas dos casais que recorrem aos tratamentos de reprodução assistida. Segundo o diretor científico da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, Dirceu Henrique Mendes Pereira, o aumento da ingestão de produtos com xenobióticos - agrotóxicos, aditivos, resíduos de antibióticos usados na produção de carnes e frangos – e as mudanças nos hábitos alimentares, prejudicam o sistema reprodutivo humano.

— Os xenobióticos causam danos aos receptores hormonais e geram radicais livres que afetam os gametas femininos e masculinos— explica, ressaltando que a melhor solução é optar por alimentos orgânicos, principalmente, quando enfrentar algum grau de infertilidade.

O especialista aponta a inversão alimentar como uma das causadoras do estresse e cansaço. O hábito de não tomar café da manhã, ficar doze horas em jejum, comer pouco no almoço para compensar no jantar altera o metabolismo e a qualidade de vida das pessoas.

— Quando a mulher decide engravidar, a reeducação alimentar prepara o útero para implantação do embrião, aumentando as chances de uma gravidez — afirma.

Dirceu aponta como eliminar alguns problemas através da reeducação alimentar:

Leia mais na Zero Hora

Veja também: Soja e seus derivados podem ser inimigos da fertilidade masculina.

Boas Festas.


Agradecendo a todos que me deram a imensa satisfação de aqui neste espaço ter compartilhado informações a cerca de problemas com nossos alimentos, quero em tempo desejar-lhes Boas Festas e que 2011 possa ser um ano de avanços para a agroecologia e a alimentação saúdável.

Muito obrigado!

Alfredo

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Merenda escolar orgânica no Paraná


Da assessoria de imprensa da deputada estadual Luciana Rafagnin (PT):

A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) comemorou, na sessão desta quarta-feira (15), a derrubada do veto do Executivo ao projeto nº 462/2008, que institui a merenda escolar orgânica nas escolas de ensino fundamental e médio da rede pública do Estado. O projeto, de autoria dos deputados Luiz Eduardo Cheida (PMDB), da própria Luciana Rafagnin e do seu colega petista Elton Welter, será agora promulgado pela Assembleia Legislativa e caberá ao próximo governador, Beto Richa (PSDB), no prazo de seis meses, apresentar as normas para a regulamentação da merenda orgânica nas escolas dos ensinos fundamental e médio da rede pública estadual.

Luciana disse que vai cobrar do próximo governo essa regulamentação e está confiante de que o debate será pautado em entendimento, uma vez que o anunciado futuro secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, foi secretário municipal de Abastecimento durante a gestão de Beto Richa na Prefeitura de Curitiba e um dos responsáveis pelas feiras orgânicas e pelo mercado de orgânicos da capital.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um pouco de Fernando Pessoa


"O verdadeiro sábio é aquele que assim se dispõe que os acontecimentos exteriores o alterem minimamente. Para isso precisa couraçar-se cercando-se de realidades mais próximas de si do que os fatos, e através das quais os fatos, alterados para de acordo com elas, lhe chegam".

Fernando Pessoa

domingo, 12 de dezembro de 2010

Fórum debate agrotóxicos em frutas e verduras


Da: Tribuna do Norte

Isaac Ribeiro - repórter

Viver é correr riscos. Viver bem e melhor é saber se livrar deles. Até mesmo na hora de buscarmos uma alimentação mais saudável estamos correndo perigo. Ao colocarmos uma porção de salada no prato podemos, na verdade, estar nos servindo de uma boa dose de substâncias nocivas. O Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola, apenas ano passado foram comercializadas mais de 700 toneladas de produtos tóxicos no país, movimentando US$ 6,62 bilhões.


E para onde vai todo esse montante tóxico? Para o nosso organismo! Sem contar que essas substâncias têm um forte impacto nos ecossistemas e no solo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está alerta ao problema e desde 2001 monitora os níveis de agrotóxicos nos alimentos, principalmente em frutas, verduras, legumes, hortaliças e grãos. Para tanto, regulamenta ações através do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA), presente em todos os estados.

Na última quarta-feira, a Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária reuniu representantes de várias entidades, órgãos e do empresariado do ramo para debater as ações do PARA e apresentar seus métodos e resultados obtidos desde sua criação. E entre tantas indagações e pontos de vistas apresentados, um fato é unânime: é preciso haver uma maior integração para se obter ainda mais resultados satisfatórios nessa área. Nossa saúde agradece!

Fórum debate agrotóxicos em frutas e verduras

Rio Grande do Norte é um dos estados com mais controle sobre a origem dos alimentos analisados com relação a substâncias tóxicas

Durante o 1º Fórum de Discussões Sobre o Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, realizado na última quarta-feira, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça do RN, o gerente geral de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Carlos Alexandre Oliveira Gomes, declarou que o Rio Grande do Norte é um dos estados brasileiros com mais controle sobre a rastreabilidade na produção das amostras de alimentos analisados quanto a incidência de produtos tóxicos em seu manejo.

Segundo Carlos Alexandre, o estado conhece, hoje, a origem de 80% das frutas, verduras, legumes e hortaliças comercializados em seu comércio local. “O trabalho está bem avançado nessa área, mas mesmo assim não pode deixar a peteca cair. É preciso avançar sempre mais.”

Em plano nacional, a Anvisa rastreia a origem das amostras analisadas na seguinte proporção: 3% dos produtos têm origem não identificada; 5% vêm de fabricantes e embaladores; 27% são de produtores e associações; e 65% têm origem na Ceasa e em distribuidores.

Durante o evento, o representante da Associação de Supermercados do RN, Eugênio Parcelle, também apresentou alguns dados relativos à incidência de agrotóxicos em amostras analisadas no Estado. De acordo com ele, 75% delas apresentaram níveis satisfatórios e 25% com algum nível de contaminação.

Ele revelou também o fato de estado importar praticamente tudo o que consome em termos de produtos agrícolas.

Eugênio lamentou a ausência de representantes da Ceasa durante o fórum, pois é por lá que circula grande parte dos produtos agrícolas à venda no atacado e no varejo. “Os atacadistas compram diretamente dos produtores. Já os supermercados não têm essa relação”, comenta. “Nós precisamos buscar caminhos para avaliar os produtos antes de chegar até o consumidor. Não faz sentido ter resultado apenas depois de trinta dias, quando o consumidor já tiver ingerido os produtos contaminados.”

Para Parcelle, é preciso haver uma integração maior entre produtores, Ceasa e supermercados para que a questão seja discutida e sejam encontradas formas de garantir a segurança dos alimentos. A representante da Secretaria Estadual de Saúde, Celeste Maria Rocha Melo considera ser preciso avançar além dos fóruns de discussões e fazer com que as Vigilâncias Sanitárias do interior do Estado se envolvam mais. “Pois é lá que as Visas sabem quem é o produtor, pois estão mais próximos deles.”

Leia mais na Tribuna do Norte

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

1 milhão de assinaturas contra transgênicos


O Estado de S.Paulo

As organizações não governamentais Greenpeace e Avaaz entregaram ontem à Comissão Europeia a primeira "iniciativa cidadã" da União Europeia: uma petição para que se aplique uma moratória à aprovação de produtos transgênicos. O documento recebeu a assinatura de mais de 1 milhão de pessoas.


O texto pede à CE que interrompa as autorizações de cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM) ou transgênicos. Também exige a constituição de uma autoridade reguladora "independente, ética e científica" encarregada de avaliar o risco desses produtos para a saúde e para o meio ambiente.

O abaixo-assinado, composto pela internet por cidadãos dos 27 países que integram a UE, representa a "grande brecha existente entre a opinião dos cidadãos europeus e as políticas da Comissão", afirmou o diretor do escritório europeu do Greenpeace, Jorgo Riss.

As duas ONGs começaram a recolher assinaturas no mês de março, quando a CE autorizou o cultivo da batata transgênica Amflora "sem cumprir os requisitos da legislação comunitaria", afirmou a diretora da Avaaz, Ricken Patel. Para ela, a CE "deixou de ouvir as opiniões da comunidade científica e a oposição majoritária dos cidadãos" à aprovação de produtos transgênicos, que ocorre na Europa desde 1998.

A iniciativa cidadã europeia é um novo procedimento previsto no Tratado de Lisboa, que permite que os cidadãos europeus exerçam atividade legislativa. As assinaturas foram autenticadas para descartar duplicações, explicou o responsável pelo Greenpeace europeu.

Mas as ONGs temem o fato de que o procedimento de iniciativa cidadã ainda não tenha sido formalmente aprovado. Faltam vistos definitivos do Parlamento Europeu e d o Conselho da União Europeia. Isso pode atrapalhar a tramitação da medida.

"Espero que isso não sirva de desculpa para ignorar a voz dos cidadãos europeus", afirmou Riss. Segundo ele, a iniciativa "está respaldada por uma sólida base e jurídica" e as ONGs "estão prontas para apelar ao Tribunal da UE caso a iniciativa não gere uma resposta política.

A CE estima que a iniciativa cidadã "não entrará em vigor" até que ela seja formalmente aprovada. Por esse motivo, declarou que não "está obrigada a responder" à petição, afirmou o porta-voz do órgão para Saúde e Consumo, Frédéric Vincent. O comissário europeu desse ramo, John Dalli, disse que vai "analisar seriamente" a petição. / EFE

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Instalado Fórum de combate ao agrotóxico em Limoeiro do Norte


do Portal Direito Ceará

Conhecida por ser uma área de grande concentração de empresas do setor de fruticultura, inclusive com produção voltada para exportação, a região jaguaribana tem se tornado também palco de graves problemas decorrentes do uso abusivo de agrotóxicos. Em razão disso, foi instalado ontem, dia 7/12, às 14h30, no auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Limoeiro do Norte, o Fórum de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos na Região Jaguaribana.

A iniciativa está a cargo da procuradora do Trabalho Geórgia Maria da Silveira Aragão, titular do MPT em Limoeiro do Norte, e da promotora de Justiça Bianca Leal Mello da Silva Sampaio, e conta ainda com apoio do Ministério Público Federal e dos demais membros do MP Estadual na região, além de entidades como a Cáritas. A criação do Fórum objetiva, conforme a procuradora, proporcionar um espaço para reunir entidades governamentais e não governamentais, além de sindicatos, estudiosos e especialistas, num debate permanente e sistemático de questões relativas aos efeitos nocivos dos agrotóxicos no meio ambiente, na saúde do trabalhador e do cidadão em geral.


“A idéia do Fórum é contribuir na cobrança do cumprimento da legislação por parte dos órgãos competentes e na sugestão de normas locais que aperfeiçoem as já existentes nos níveis federal, estadual e municipal”, acrescenta Geórgia Aragão. Ela frisa, ainda, que o Fórum será um espaço importante para a socialização de estudos científicos realizados em torno do tema, de modo a subsidiar as ações das entidades engajadas, além do oferecimento de denúncias relacionadas.
HISTÓRICO – Em agosto último, durante seminário realizado no Vale Jaguaribano, Geórgia Aragão e Bianca Leal receberam estudo da professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e médica do Trabalho Raquel Rigotto que aponta a contaminação por agrotóxicos da água oferecida a comunidades da Chapada do Apodi. A partir de pesquisa iniciada há três anos, foi verificada a utilização da substância tóxica endossulfam, que teve seu uso proibido pelo Ministério da Saúde ainda em agosto último. As 67 páginas do estudo confirmam a constatação de princípios ativos de agrotóxicos em amostras de águas que abastecem as comunidades e caixas d’água na Chapada.


O trabalho da pesquisadora abrangeu oito comunidades (cada uma com cerca de mil moradores) nos municípios de Limoeiro do Norte, Russas e Quixeré. O estudo epidemiológico da população exposta à contaminação ambiental em área de uso de agrotóxico indicou que a cada pulverização aérea são jogadas nas plantações da região 73.750 litros de calda tóxica. Entre os principais produtos desenvolvidos pelo agronegócio local estão abacaxi, melão e banana.
A professora ressaltou que a proximidade das casas dos moradores em relação às áreas de plantio agrava o risco de contato com o veneno. Ela citou o caso de um agricultor de 29 anos que, sadio em agosto de 2008, morreu três meses depois, de doença hepática grave. Ele trabalhava na cultura do abacaxi. Especialistas do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) concluíram que a hepatite foi induzida por substâncias tóxicas.

NÚMEROS

4º lugar
É a posição do Ceará em número de estabelecimentos que utilizam agrotóxicos no País
US$ 7,1 bilhões
Foi quanto o Brasil transferiu, em 2008, para a indústria química, tornando-se o maior consumidor de
agrotóxicos no mundo (673.862 toneladas, equivalente a quase quatro quilos de veneno por habitante).


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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Deputados do Paraná que foram bancados pelo agronegócio


Da Gazeta do Povo


Agronegócio e construção civil foram os principais setores produtivos que financiaram a campanha dos 30 deputados federais eleitos pelo Paraná
Publicado em 05/12/2010 | André Gonçalves, correspondente.

Empresas ligadas ao agronegócio foram as principais financiadoras de campanha dos 30 deputados federais eleitos pelo Paraná neste ano. Entre os R$ 16,3 milhões doados por pessoas jurídicas a integrantes da futura bancada estadual em Brasília, R$ 6,4 milhões (39,5%) vieram do setor (R$ 1,45 milhão apenas de cooperativas agrícolas). Em seguida, os principais colaboradores foram instituições ligadas à construção civil, com R$ 2,1 milhões (12,8%), e à produção de energia e combustíveis, com R$ 918 mil (5,6%).

Os números são uma compilação das prestações finais de contas apresentadas pelos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As doações das empresas foram agrupadas em 13 categorias, por ramo de atuação. Elas representaram 45% do total de R$ 36,2 mi­­lhões arrecadados pelos deputados eleitos – o restante é originário de autodoações (21%), de recursos de comitês de campanha e diretórios partidários (20%) e de repasses de pessoas físicas (14%).

Os números reforçam a ligação dos congressistas paranaenses com o setor agrícola. Segundo le­­vantamento feito pela ONG Ins­­tituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) sobre os deputados da atual legislatura, 16 dos 30 representantes do Paraná eleitos em 2006 eram ruralistas. Ou seja, têm interesses ou negócios no campo, seja como primeira ou segunda fonte de renda.

Desses 16, dez foram reeleitos – Abelardo Lupion (DEM), Alfredo Kaefer (PSDB), Cézar Silvestri (PPS), Dilceu Sperafico (PP), Eduardo Sciarra (DEM), Fernando Giacobo (PR), Hermes Parcianello (PMDB), Luiz Carlos Hauly (PSDB), Moacir Micheletto (PMDB) e Nelson Meurer (PP).

Além deles, também integram a Frente Parlamentar da Agrope­­cuária (a FPA, braço formal da bancada ruralista no Congresso Na­­cional), os eleitos Alex Canziani (PTB), André Zacharow (PMDB) e Hi­­de­­kazu Taka­­yama (PSC).

As empresas ligadas ao agronegócio fizeram 202 doações para 23 eleitos. Além dos que já integram a frente, foram contemplados com recursos o ex-ministro da Agri­­cul­­tura Reinhold Stephanes (PMDB), o campeão de votos Rati­­nho Jú­­nior (PSC) e os petistas André Var­­gas, Angelo Vanhoni e Assis do Cou­­­­to. Também houve colaborações do agronegócio para os novatos Cida Borghetti (PP), Fernando Francischini (PSDB), Nelson Pado­­vani (PSC), Rubens Bueno (PPS), Sandro Alex (PPS) e Zeca Dirceu (PT).

Recordista

Paranaense com a campanha mais cara para a Câmara, o tucano Al­­fredo Kaefer foi o recordista no re­­cebimento de doações no setor agrícola. No entanto, teve apoio das próprias empresas. Ele é diretor-presidente da Diplomata, quarta maior empresa do ramo de aves e suínos do Brasil (que doou R$ 1,7 milhão para sua campanha) e sócio de outra gigante da área, a Globoaves (que contribuiu com R$ 1 milhão).

O Grupo JBS Friboi, maior doador da campanha da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), concentrou esforços em uma doação de R$ 360 mil para Alex Canziani. Já a Bunge Fertilizantes, distribuiu R$ 300 mil entre as candidaturas dos deputados do DEM Abelardo Lupion e Eduardo Sciarra (ambos receberam R$ 80 mil), de Luiz Car­­los Hauly (PSDB) e Moacir Michelet­­to (PMDB) – R$ 70 mil para cada.

Líder ruralista histórico e atual presidente da Comissão de Agri­­cultura da Câmara, Lupion também recebeu R$ 50 mil da empresa de fertilizantes Ultrafertil, R$ 50 mil da fabricante de sucos Cutrale e R$ 30 mil da produtora de cereais Anaconda.

Sciarra recebeu ao todo R$ 215 mil de dez empresas alimentícias diferentes, incluindo R$ 30 mil da Globoaves, de Kaefer. Outros preferidos do setor são Moacir Michelet­­to, que recebeu R$ 254 mil, Dilceu Sperafico (R$ 289 mil) e Luiz Carlos Hauly (R$ 153 mil).

As preferências se repetem nas doações feitas pelas cooperativas agrícolas, um dos setores mais fortes da economia paranaense. Lupion recebeu R$ 135 mil divididos entre cinco cooperativas diferentes. As colaborações mais polpudas, entretanto, foram feitas por uma “estrangeira”, a Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Co­­persucar).

A cooperativa paulista doou R$ 650 mil para quatro paranaenses. Hauly e Stephanes ficaram com R$ 250 mil cada um; Mi­­cheletto com R$ 100 mil; e Sciarra com R$ 50 mil.

Dilma recebeu dinheiro dos mesmos setores - Leia mais na Gazeta do Povo
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domingo, 5 de dezembro de 2010

Alimentação saudável e consciente


Michael Pollan, autor de Em Defesa da Comida e Dilema do Onívoro que inspirou o nome deste blog lançou agora em 2010 seu novo livro chamado REGRAS DA COMIDA com tradução de Adalgisa Campos Silva, Ed. Intrinseca, Rio de Janeiro.

Já na dedicatória feita a sua mãe Pollan deixa claro seus argumentos a favor de uma alimentação saudável e consciente quando diz: "À minha mãe, que sempre soube que manteiga era mais saudável que margarina".

Esse grande jornalista e Professor Titular de Jornalismo da Universidade da Califórina em Berkeley, com escrita de fácil leitura, orienta-nos a um (re) olhar nossos conceitos alimentares com "regras simples"e viáveis no dia-a-dia como, por exemplo: "Fuja do supermercado sempre que puder.

Vale a leitura e os ensinamentos.