quarta-feira, 28 de julho de 2010

Rio de Janeiro proibe endossulfan

O endossulfan, agrotóxico, organoclorado segundo a IUPAC, recebeu no passado aqui no Brasil o registro como do grupo dos ciclodienos,escapando do banimento dos clorados em 1985. Altamente persistente no meio ambiente, carcinogênico, dentre outros probelmas para a saúde ambiental e humana, tem sido largamente utilizado no país, em função de seu alto poder tóxico e de ser barato comparado com outros produtos utilizados com a mesma finalidade. Várias tentativas estão sendo feitas para baní-lo definitivamente do país.
Dentre elas está a probição feita em dezembro passado pelo Rio de Janeiro, numa iniciativa que lembra o início das lutas contra os agrotóxicos, na década de 80, quando setores se mobilizaram para proibir os organomercuriais e organoclorados de nosso meio.

Temos que seguir o exemplo aqui no Paraná retirá-lo definitivamente do nosso estado.

Veja abaixo a íntegra da Lei:

LEI Nº 5622, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009

PROÍBE A UTILIZAÇÃO, PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTO ENDOSULFAN NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica proibida a utilização, produção, distribuição e comercialização do produto Endosulfan em todo o Estado do Rio de Janeiro.

Art. 2º O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de sua publicação.

Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2009.

SERGIO CABRAL
Governador

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Alimentos orgânicos são viáveis?


De "O JORNAL" de Cassilândia/MS

Com o título "Orgânicos oferecem opção de renda e produção saudável" reportagem de "O Jornal" de Cassilândia, Mato Grosso do Sul, o ator Marcos Palmeira fala sobre a produção de alimentos orgânicos em sua fazenda no Rio de Janeiro, confira abaixo:

“Produção orgânica é viável, é rentável e a natureza agradece”. Seguindo este lema o ator e produtor rural Marcos Palmeira, realizou seu sonho de possuir uma propriedade rural totalmente natural, livre da utilização de agrotóxicos e com a integração como forte aliada. Proprietário da fazenda Vale das Palmeiras, localizada em Teresópolis (RJ), o produtor apresentou sua experiência e os bons resultados desse cultivo, durante a palestra Sistemas Agroecológicos de Produção, realizada na tarde desta quinta-feira (22) durante a Feira do Empreendedor, do Sebrae/MS.

O produtor, que defende a valorização pessoal e a preservação à natureza, apresentou aos participantes sua história, que teve início com a conscientização de seus funcionários. “Quando adquiri a fazenda, percebi que os agricultores não consumiam a produção da horta e pomar, isso porque eles sabiam os riscos dos agrotóxicos utilizados. A partir daí, percebi a importância dos alimentos produzidos sem veneno e decidi mudar a rotina do cultivo”, explica.

Com o apoio do sócio e engenheiro agrônomo Aly Ndiaye, Marcos Palmeira revolucionou o cultivo de hortaliças e legumes, adotou o replantio de florestas, a fabricação do adubo utilizado, a utilização dos próprios animais no combate às pragas e provou que a simplicidade e o respeito ao meio ambiente também podem oferecer bons resultados financeiros. “A produção orgânica não é novidade, é apenas um resgate da forma como nossos avós e bisavós trabalhavam na roça, sem o uso de produtos tóxicos, sem a destruição do meio ambiente. Isso reflete diretamente nos resultados da produção animal e na mesa e na saúde da população”.

Atualmente, a marca Vale das Palmeiras é a responsável por grande parte do abastecimento de orgânicos no Rio de Janeiro. Cerca de 86% de sua produção é destinada aos supermercados. “Ainda há o mito que os orgânicos são caros e inacessíveis. Cada dia mais esse mito se dissolve e tanto a população, quanto o produtor, percebem que sem gastar com agrotóxicos, a produção é mais barata, com produtos de qualidade e saudáveis. Temos que valorizar a terra, é dela que tiramos o que comemos”, finaliza Marcos Palmeira.

Leia mais no O Jornal

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Associação dos Consumidores Orgânicos do Paraná - ACOPA lança blog


Em comemoração aos seus dez anos de existência a Associação de Consumidores Orgânicos do Paraná realiza neste final de semana várias atividades comemorativas.
O evento terá inicio, hoje, 15 de julho de 2010, no Espaço Maurício Burmester do Amaral, no Mercado Municipal Orgânico de Curitiba, a partir das 17h30. Na programação constam além da abertura ofical, várias palestras sobre 1)Alimentos Orgânicos e Saúde, às 18h30, 2)Desafios: Aproximando Produtores e Consumidores, às 19h10, 3) Consumidores Orgânicos: Importância para a formação Cidadã, às 19h50, Homenagem aos presidentes Anteriores da Associação, consumidores, produtores, parceiros, entidades e instituições, às 20h30, finalizando com um Coquetel e apresentação Cultural.

Sábado estão previstas a inauguração da Baraca da ACOPA na Feira de Alimentos Orgânicos do Passeio Público e um Almoço Orgânico (por adesão), já para domingo preve-se um passeio em propriedades orgânicas.


Damos os parabéns por todo o trabalho nestes 10 anos de vida, torcendo que a ACOPA mantenha seu trabalho sério, comprometido com a Saúde Ambiental e Humana.

Veja mais no Blog da ACOPA

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Luta contra os agrotóxicos começa nos supermercados

Do Portal Tribuna do Norte de Natal.

Matéria de hoje postada na Tribuna do Norte informa que:

Todos os supermercados de Natal terão de se adequar ao que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina em relação à venda de alimentos com agrotóxicos. O Ministério Público notificou os supermercados de Natal e a Ceasa para cumprir as normas no prazo de 10 dias úteis. A medida foi necessária após divulgação de uma pesquisa que aponta existir excesso de agrotóxicos em várias amostras de verduras e frutas vendidas no Rio Grande do Norte.

O promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, disse que as notificações foram necessárias por causa da grande quantidade de produtos que apresentaram contaminação, somado aos fatores de risco para a saúde da população.

O Ministério Público do Trabalho e do Meio Ambiente está fazendo um trabalho de fiscalização junto aos fornecedores, para tentar coibir a exposição do trabalhador agrícola aos prejuízos causados pelo uso indevido dessas substâncias e ainda pelos danos ambientais nas áreas de plantio.

A pesquisa, que faz parte do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), constatou que 11 supermercados do Estado estão com índice insatisfatório em torno de 23,74%, abaixo do índice nacional que é de 29%. A equipe de nutrição do hospital Giselda Trigueiro alertou que muitas doenças podem ser geradas pelo uso indiscriminado dessas substâncias. Uma delas é o câncer, por ser uma doença multifatorial.

“O câncer é gerado por diversos fatores, tanto externos como internos, mas as pesquisas indicam que o alimento tem forte influência para acelerar ou retardar o aparecimento da doença”, declara Kaliana Martins, nutricionista.

O produto campeão em amostras insatisfatórias no RN foi o abacaxi. Produto rico em vitamina C, fibras e minerais, altamente digestivo. “Indicamos boa parte das verduras e frutas aos pacientes, de acordo com a necessidade nutricional. A ingestão deles associada aos agrotóxicos elimina por completo seu teor nutritivo, prejudicando a saúde a longo prazo”, enfatiza Aliene Loiola, nutricionista do Giselda.

Peres acredita que existem dois fatores para o aumento do uso dessas substâncias, uma delas seria a busca pelo lucro, fazendo com que fornecedores injetem mais produtos químicos na lavoura favorecendo o crescimento mais rápido, como também a colheita antes do prazo, fazendo com que o produto químico permaneça no alimento, não sendo degradado em tempo hábil pelo meio ambiente.

Fátima Rodrigues, do Centro de Informação Toxicológica de Natal, alerta para os sérios danos que esses componentes químicos causam aos seres humanos. “Grande quantidade de ingestão dessas substâncias pode provocar sérios problemas, desde vômitos até a morte, a inalação por parte dos trabalhadores da lavoura é ainda mais perigoso, causando distúrbios visuais, neurológicos, podendo levar a morte em pouco tempo.

As hortaliças e as culturas do tomate, morango e batata utilizam agrotóxicos conhecidos como organofosforados e ditiocarbamatos, que são considerados por pesquisadores como os prováveis causadores das doenças neurocomportamentais, como a depressão.

Fátima afirma que existem relatos de trabalhadores, expostos por um longo período, que sentem dificuldade para falar, ansiedade, falta de concentração e deficit na memória.

Veja a Tribuna do Norte

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CRIANÇA NÃO É ADULTO PEQUENO


A ANVISA vem cuidadosamente trabalhando no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos - PARA.

A metodologia que orienta as análises do programa é a mesma utilizada pelos programas de controle de resíduos na Europa e nos Estados Unidos, referendadas pelo CODEX ALIMENTARIUS, inclusive para o processo de amostragem.

A ANVISA, mesmo tendo a participação de poucos laboratorios no programa, vem sistematicamente colaborando na implementação das ISOs 17.025, 9.000 dentre outras do Sistema de Gestão da Qualidade. Visa com essa ação dar garantias a acreditação de suas análises.

Não tem medido esforços numa labuta diária na busca da implementação da infra-estrutura destes laboratórios, com repasses de verbas e compra de equipamentos de análises de última geração.

O grande problema dos resíduos não é a possibilidade intoxicações agudas (imediatas), o risco está na probabilidade de ocorrência de doenças no futuro (canceres, desequilibrios endocrinológicos e outras), fruto da exposição crônica a estes venenos e, principalmente, em pequenas doses.

Alguns Toxicologistas do país, ainda, trabalham com o conceito formulado pelo físico-químico Paracelsus, no século XVII, de que “Tudo é veneno a depender da dose”. As coisas mudaram nestes últimos três séculos. O que deve ser analisado aqui é a concentração do produto e a sua ação em pequenas doses no longo prazo.

A ANVISA ESTÁ CORRETA

Mesmo que os fatores de segurança possam ser defendidos ( o que não é o caso), as crianças continuam sob maior risco, dado que os estudos de Ingestão diária Aceitável, baseado em Limites Máximos de Resíduos é calculado para uma pessoa adulta, sem distinção de sexo, e com peso de 60 quilos. NÃO É O CASO DAS CRIANÇAS.


CRIANÇA NÃO É ADULTO PEQUENO