segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Grupo de autismo e doença de Lyme condena alimentos transgênicos

Uma declaração da Fundação de Autismo Induzido por Doença de Lyme (LIA, na sigla em inglês) divulgada esta semana diz que os testes com alimentação transgênica em animais já fornecem provas mais do que suficientes sobre os danos dos transgênicos para a saúde e que, portanto, os médicos devem começar a prescrever dietas livres de transgênicos. Segundo a fundação, a recomendação seria especialmente importante para indivíduos com autismo, doença de Lyme e condições associadas a estas doenças.

A declaração inclui uma citação da Dra. Jannelle Love, fundadora da Fundação de Assistência ao Autismo: “É sabido que as crianças no espectro autístico sofrem de sistemas imunológicos frágeis, inflamações digestivas e do cérebro e uma sobrecarga de toxinas ambientais. Introduzir elementos estranhos como alimentos transgênicos em crianças tão frágeis poderia provocar uma deterioração mais grave e talvez bloquear os delicados caminhos bioquímicos necessários para o funcionamento apropriado do organismo e a possível recuperação”.

A doença é causada por uma bactéria transmitida por carrapatos minúsculos infectados (em Massachusetts, é transmitida por carrapatos de cervo). Pessoas e animais podem ser infectados e contrair a doença.

Em maio deste ano, a Academia Estadunidense de Medicina Ambiental já havia publicado uma declaração semelhante, orientando, entre outras recomendações, os médicos a alertarem seus pacientes, a comunidade médica e o público em geral a evitar os alimentos transgênicos sempre que possível.

Fonte:
Institute for Responsible Technoloy

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

POR QUE TEMOS QUE INGERIR MAIS VENENOS?

Segundo o Engenheiro Agrônomo Reinaldo Onofre Scalisk primeiro foi o aumento em 50 (cincoenta) vezes a quantidade de resíduo de glifosato que pode permanecer nos grãos soja, aprovação esta pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Esta decisão foi para poder ser liberado no Brasil o plantio e o consumo da soja transgênica. Na soja não transgênica (convencional) só era permitido a quantidade de 0,2 mg/kg de glifosato, mas dificilmente era encontrado o resíduo deste veneno, pois o uso do mesmo na soja convencional é feito antes do plantio, portanto não entra em contato com a planta, como também o produto não é absorvido pelas raízes da mesma. Mas com a introdução da soja transgênica a ANVISA aumentou para 10mg/kg a quantidade de glifosato que pode permanecer nos grãos do soja, pois este agrotóxico na soja transgênica é utilizado para exterminar as plantas daninhas até 56 dias antes da colheita, sendo que, quando é utilizado ele atinge também as folhas da soja e é absorvido, passando a circular no interior da planta, chegando também os grãos de soja. Em análises laboratoriais constatou-se que mais de 60% das amostras de soja transgênica apresentaram resíduos de glifosato, dentro dos limites estabelecidos pela ANVISA, sendo que em algumas amostras a presença desse agrotóxico apresentou-se acima do permitido, mas na soja convencional isto não acontece.


A ANVISA publicou no Diário Oficial da União no dia 29 de julho de 2009, uma Consulta Pública ficando aberto o prazo de trinta dias para que sejam apresentadas críticas e sugestões relativas à proposta de aumentar a quantidade máxima de resíduo de glifosato de 0,1mg/kg para o milho convencional, hoje, para 1,0 mg/kg de milho transgênico e convencional. Mais uma vez, tem que aumentar o nível de resíduo para poder liberar o glifosato, agora, para uso no milho transgênico.


Para ter uma idéia da potência deste veneno damos como exemplo o que é 0,1 mg/kg – é como se comparássemos a décima parte de 1 milímetro numa régua com 1 km de comprimento.


Será que o ser humano e os animais estão se tornando resistentes ao glifosato, como as plantas daninhas estão?

Será que vamos poder se alimentar com milho verde e outros derivados, do milho transgênico, tranqüilamente? Ou vamos entrar nas estatísticas dos intoxicados.


Será que os animais as aves poderão se alimentar com um milho e seus derivados (transgênicos)?


Quando a ANVISA vai divulgar o resultado da reuniões realizadas nos dias 06 a 09 de maio de 2008, (data publicada na Resolução RDC n° 10, de 22 de fevereiro de 2008) que teve como assunto a discussão dos relatos de intoxicação ocupacional e acidental, a solicitação de revisão da dose estabelecida para a Ingestão Diária Aceitável (IDA) por parte de empresa registrante, a necessidade de controle de limite máximo de impurezas presentes no produto técnico e possíveis efeitos toxicológicos adversos, do glifosato?


Como poderemos apresentar sugestões ou críticas à Consulta Pública, se a única informação que foi publicada no Diário Oficial da União é que vai ser aumentado o Limite Máximo de Resíduo para 1,0 mg/kg para incluir milho transgênico? Não cita nem o nome da empresa solicitante, suspeitamos que seja a MONSANTO. E os documentos e as justificativas apresentados pela empresa para avaliação, estão à disposição do público? Por que não fazer uma Audiência Pública com a apresentação dos documentos?


Continuaremos na interrogação e forçosamente iremos ingerir mais venenos.



Eng° Agrônomo Reinaldo Onofre Skalisz

Membro- Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária

Skalisz.Reinaldo@gmail.com

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Agrotóxicos - visam apenas o aumento dos lucros

A Revista Eletrônica de Agroecologia, postou matéria em seu editorial de 10 de agosto de 2009 informando que o Brasil atingiu recentemente uma liderança da qual não podemos nos orgulhar. Somos o país que mais consome agrotóxicos no planeta. A ‘conquista’ não pode ser ignorada, como se dela não fizéssemos parte. Se por um lado existe a enorme pressão comercial das empresas produtoras de agrotóxicos - que sem qualquer compromisso com o meio ambiente e com a saúde da população visam apenas o aumento dos lucros – por outro existe todo um contexto que permitiu chegarmos a essa liderança. Faz parte desse contexto, a opção por um modelo de desenvolvimento agrícola em que a intensificação tecnológica gradativamente expulsa a agricultura familiar, e tem sido causa de degradação dos recursos naturais e de exclusão social.

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sanepar estuda metodologia para rastrear agrotóxicos nos mananciais

A Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR está desenvolvendo metodologia para identificar e rastrear resíduos de agrotóxicos que chegam aos mananciais.
Segundo Maria Arlete Rosa, diretora de Meio Ambiente Social e Ação Social da Sanepar, o constante desenvolvimento de novos produtos pela indústria agroquímica exige avanço nas técnicas de identificação e remoção dos resíduos tóxicos que, por diferentes situações, atingem minas, córregos e rios, com o risco de inviabilizar o uso desses cursos de água para o consumo humano. “Chegamos num momento crítico: com a escassez dos recursos hídricos cada vez mais presente, precisaremos mudar todos os procedimentos adotados até hoje em relação aos agrotóxicos. E isto implica legislações mais severas para controlar o uso dos defensivos e adubos e novas técnicas de análise e tratamento da água que venha a ser contaminada”, avalia.

Leia mais na Agência de Noticias do Estado do Paraná

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sem hipocrisia, quem quiser fumar que fume, mas pague a conta.

Tramita na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná o Projeto de Lei 276/09, encaminhado pelo Governador Roberto Requião que propõe medidas de proibição do uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto derivado do tabaco que produza fumaça, em recinto coletivo, privado ou público.

O Projeto foi encaminhado pela Mensagem de Nº 041/2009, de 08 de junho de 2009, onde o Sr. Governador afirma que:


“Muito embora a nossa Carta Magna prime pelas liberdades individuais, a prática do fumo em locais onde se atinja outrem não deve ser tolerada, pois está comprovado que o cidadão que não faz uso do tabaco acaba sendo atingido, pode padecer de males diversos”.


“Ademais, o tratamento para os males do tabagismo vem sendo, na maioria das vezes custeado pelos cofres públicos, necessitando, assim, de medidas emergenciais de prevenção”.


Aqueles de defendem o hábito de fumar como sendo uma decisão privada e de inviolável liberdade, estão corretos para o que não há argumentos que derrubem tal tese. Entretanto, se o risco é assumido individualmente que seja praticado em instância privada, e que seu tratamento e seu respectivo pagamento não seja socializado para o conjunto da população. Assim sendo, a existência de restrições tal qual as propostas no Projeto de Lei, visam o bem público, sendo necessárias.


Sem hipocrisia, quem quiser fumar que fume, mas pague a conta.

domingo, 9 de agosto de 2009

Aspectos gerais e diagnóstico clinico laboratorial da intoxicação por paraquat

Gabriela Cristina Schmitt1; Clóvis Paniz1;

Denise Grotto1; Juliana Valentini1; Karen Lilian Schott1;
Valdeci Juarez Pomblum2; Solange Cristina Garcia3


Resumo

O paraquat, herbicida amplamente utilizado na agricultura, é um produto perigoso, pois pode causar intoxicações fatais, principalmente pela falta de antídoto eficaz para reversão do quadro clínico. Fisiopatologia: Os efeitos toxicológicos são decorrentes da indução ao estresse oxidativo. O órgão-alvo principal é o pulmão, que pode apresentar edema, hemorragia, inflamação intersticial e fibrose, culminando com falência respiratória grave e morte. Além disso, é nefrotóxico, hepatotóxico, miotóxico e neurotóxico. Tratamento: Além de visar a diminuição da absorção e estimular a excreção do paraquat absorvido, o tratamento da intoxicação atualmente é baseado em medidas que diminuam o estresse oxidativo utilizando substâncias antioxidantes e, conseqüentemente, revertam o quadro toxicológico instalado, especialmente o pulmonar. Métodos diagnósticos: Entre as metodologias quantitativas disponíveis, os métodos cromatográficos são os mais relatados para materiais biológicos. Porém, a eletroforese capilar e os imunoensaios podem ser utilizados. Os imunoensaios destacam-se pela praticidade laboratorial, pois os cromatográficos e eletroforéticos não são encontrados comumente em laboratórios hospitalares. Por outro lado, uma reação simples e rápida de caracterização urinária com ditionito de sódio é muito realizada, pois é preditiva na suspeita de intoxicações agudas. Conclusão: Diante do alto potencial de morbimortalidade nas intoxicações por paraquat, a reversão dos danos pulmonares com uso de antioxidantes vem sendo muito estudada, porém não há o estabelecimento de um antídoto específico. No diagnóstico laboratorial, métodos cromatográficos, eletroforéticos e imunológicos são usados para quantificá-lo, contudo a reação
urinária com ditionito ainda é valiosa na rotina da toxicologia clínica.
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1. Farmacêuticos-bioquímicos do Laboratório de Toxicologia (LATOX), Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
2. Professor-doutor em Medicina, Departamento de Clínica Médica da UFSM.
3. Professora-doutora em Farmácia, Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da UFSM


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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ações de comunicação na temática das plantas transgênicas e da biossegurança

O Portal da Cidadania apresenta em sua página instrumentos de instrução sobre plantas transgênicas e biossegurança que serve tanto para professores como para a população em geral.

Veja as informações no Portal da Cidadania

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Rede de Supermercado aposta na rastreabilidade de produtos agrícolas

Quando da criação do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos - PARA, tive a oportunidade de participar dos debates promovidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA em todo o processo de criação do programa. Dentre os debates um dos que mais perdurou foi: onde realizar as coletas de alimentos? Venceu a proposta de que os mesmos deveriam ser coletados em Supermercados por serem os mesmos interlocutores privilegiados dentro da cadeia produtiva e, terem uma capacidade de resposta maior que às Centrais de Abastecimento - CEASAS, onde a inteferencia e pressões com outros interesses poderiam ser maiores.

Depois de nove anos de existência, caminhando com pés no chão e, diga-se, não sem dificuldades, em especial na questão laboratórios para a realização de análises, o programa se consolida como instrumento de Proteção da Saúde da população, cumprindo com um dos objetivos da Lei 8080/90 que instituiu o Sistema ùnico de Saúde no país.

O PARA
dá um salto de qualidade quando uma rede de supermercado resolve realizar ações em conjunto com agricultores para garantir a qualidade dos alimentos com rastreabilidade da produção agrícola à comercialização nas gondolas, entretanto, é desnecessária a parceria do Grupo Pão de Açúcar com a Associação Nacional de Defesa Vegetal, já que a mesma congrega as multinacionais dos venenos, interessada somente na venda dos mesmo.

Na matéria escrita pela Jornalista Núria Saldanha, São Paulo, hoje, 04 de agosto de 2009, somos informados de que:

"Rede de supermercados lança projeto de rastreabilidade de hortifrutigranjeiros"

O Grupo Pão de Açúcar está lançando um projeto de rastreabilidade de hortifrutigranjeiros em parceria com produtores rurais. A empresa investiu R$ 3 milhões para garantir a sustentabilidade dos produtos in natura e criou um site com informações de frutas, legumes e verduras, desde o campo até as lojas.

Os talhões das bananeiras são localizados por GPS, e os tratos culturais realizados todos os dias na propridade do seu Carlos Fava são anotados em uma caderneta de campo. A fazenda de 60 hectares de banana localizada no Vale do Ribeira, em São Paulo, integra um projeto lançado nesta segunda, dia 3, pelo grupo Pão de Açúcar. Um grande volume de nformações sobre produtos agrícolas foi reunido em um site que a rede de supermercados criou em parceria com agricultores, em um programa de rastreabilidade que disponibiliza aos consumidores dados sobre o que estão comprando.

– O objetivo é promover a qualidade e criar identidade de um produto que não dispunha. A cada notícia sobre agrotóxicos a gente sente aqui no varejo como as coisas mudam... é qualidade de consumo – afirma Leonardo Myao, diretor comercial de frutas, legumes e verduras.

Lei mais no Canal Rural



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Empresa Bayer informa que retirará endossulfan do mercado argentino.

O jornalista Dario Arruda do Jornal Argentino Pagina 12, informa que a Empresa Bayer irá retirar o veneneo endossulfan do mercado argentino até o final deste ano.

O endosulfan é um agrotóxico muito questionado há década por seus malefícios à saúde humana e ambiental, sendo que as empresas sempre defenderam e negaram qualquer efeito danoso, menosprezando os alertas de organizações sociais.
Na Argentina o veneno está autorizado para uso na soja, algodão, milho, girasol e fumo, dentre outros cultivos.

Aqui no Brasil está autorizado para as culturas do algodão, cacau. café, cana-de-açúcar e soja.

Lei mais no Jornal Pagina 12 (em espanhol)

domingo, 2 de agosto de 2009

Se o almoço não é grátis, verifique se não somos nós que estamos pagando esta conta.

Com um artigo muito bem postado em seu propósito informativo, o professor Wilson da Costa Bueno analisa o papel da imprensa no jornalismo de saúde e os interesses das multinacionais dos medicamentos, dos transgênicos e dos agrotóxicos.

"Vamos com calma com o Tamiflu, com os agrotóxicos (veneno mesmo), com os transgênicos (o problema não se resume à tecnologia mas inclui espírito predador dos monopólios das sementes), com as empresas de medicina de grupo, os planos de saúde. Se o almoço não é grátis, verifique se não somos nós que estamos pagando esta conta."

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