quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS PARA TODOS




Uns

Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
o dia, porque és ele.


Ricardo Reis
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Manifeste-se pela proibição dos agrotóxicos Acefato e Endossulfan!

A chamada acima faz parte das reenvidicações da AS-PTA e consta de seu Boletim 460 - 25 de setembro de 2009.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está realizando duas consultas públicas sobre a proposta de banimento dos agrotóxicos Endossulfan e Acefato (ver Boletim 458).

As consultas fazem parte do processo de reavaliação toxicológica de 14 ingredientes ativos de agrotóxicos que a Agência está realizando, apesar de todos os esforços do agronegócio e da indústria do setor para impedir este trabalho (ver Boletim 419). Na maior parte dos casos são venenos que já foram banidos ou restritos em diversos países.

Em relação ao Endossulfan, a Anvisa recomenda “a proibição desse agrotóxico no país, considerando que os estudos descritos na Nota Técnica demonstram que esse agrotóxico possui características genotóxicas (alterações genéticas), neurotóxicas (danos ao sistema nervoso), danos ao sistema imunológico e provoca toxicidade endócrina ou alteração hormonal e toxicidade reprodutiva e malformações embriofetais. Tais características levaram à proibição deste agrotóxico em diversos países devido aos riscos para a saúde humana.”

Sobre o Acefato, a Anvisa indica “restrições de uso e posterior proibição desse agrotóxico no país, considerando que os estudos descritos na Nota Técnica demonstram que esse agrotóxico possui características genotóxicas (alterações genéticas), pode causar câncer e leva a distúrbios neuropsiquiátricos e cognitivos (dificuldades de aprendizagem). Tais características levaram à proibição deste agrotóxico em diversos países devido aos riscos para a saúde humana.”

Veja a matéria completa na página da AS-PTA

Revista Caros Amigos traz matéria sobre agrotóxicos

Análises laboratoriais realizadas em 33 marcas de feijão vendidas normalmente no comércio das regiões sul, sudeste e centro-oeste, constataram que o alimento mais popular dos brasileiros está seriamente contaminado com resíduos de agrotóxicos
nocivos à saúde. Pelo menos um terço das marcas examinadas apresentaram inseticidas proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente o Brasil é o campeão mundial de uso de agrotóxicos nos alimentos. A maior parte dos produtos consumidos diariamente pela população – frutas, verduras e cereais – carrega venenos que afetam o sistema nervoso, provocam depressão e vários tipos de cânceres. A jornalista Tatiana Merlino visitou lavouras no interior do Estado de São Paulo, testemunhou trabalhadores pulverizando agrotóxico sem equipamentos de proteção, entrevistou especialistas e montou um quadro – real e assustador – sobre esse processo criminoso de envenenamento, comandado por interesses econômicos de grandes empresas estrangeiras.

Veja mais na Revista Caros Amigos

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Estudo prova que três milhos da Monsanto são prejudiciais à saúde

Um estudo publicado na revista International Journal of Biological Sciences (http://www.biolsci.org/) demonstra que três milhos geneticamente modificados da empresa Monsanto são tóxicos e prejudiciais à saúde, anunciou em 11 de dezembro o Comitê de Pesquisa e Informação Independente sobre a Engenharia Genética (Criigen, com sede em Caen, na França), que participou do estudo.

“Provamos pela primeira vez ao mundo que estes OGMs (organismos geneticamente modificados) não são saudáveis, nem suficientemente corretos para serem comercializados. (...) Os três OGMs causam problemas nos rins e no fígado, que são os principais órgãos a reagir quando há intoxicação alimentar química”, declarou Gilles-Eric Séralini, especialista membro da Comissão para a Reavaliação das Biotecnologias, criada em 2008 pela União Europeia (UE).

Professores universitários de Caen e Rouen e pesquisadores do Criigen se basearam nos relatórios fornecidos pela Monsanto às autoridades de saúde para obter a autorização para comercializar o produto, mas suas conclusões são diferentes das da multinacional depois de novos cálculos estatísticos. Segundo Séralini, as autoridades de saúde se baseiam na leitura das conclusões apresentadas pela Monsanto e não no conjunto dos números. Os pesquisadores conseguiram a íntegra dos documentos da Monsanto depois de uma decisão judicial.

“Os testes da Monsanto, feitos em noventa dias, não são suficientemente longos para comprovar se os OGMs provocam ou não doenças crônicas. Por isso pedimos testes de pelo menos dois anos”, explicou um pesquisador. Os cientistas pedem, em conseqüência, a “proibição enérgica” da importação e do cultivo desses OGMs nos países da União Europeia.

Vários países da Europa já proibiram a produção e importação de OGMs autorizadas pela União Europeia:

• Alemanha (milho Mon810, da Monsanto)
• Áustria (milho Mon810 e 863, da Monsanto; milho Bt-176, da Syngenta, e T25, da Bayer; e colza GT73, MS8Rf3)
• França (milho Mon810, da Monsanto)
• Hungria (milho Mon810, da Monsanto)
• Grécia (colza Topas 19/2, da Bayer, e milho Mon810, da Monsanto)
”Luxemburgo (milho Bt-176, da Syngenta, e Mon810, da Monsanto).

Os três OGMs (MON810, MON863 e NK603) “são aprovados para consumo animal e humano na União Europeia e nos Estados Unidos” sobretudo, esclarece Séralini. “Na União Europeia, só o MON810 é cultivado em alguns países, sobretudo na Espanha, os outros são importados”, acrescenta. Uma reunião dos ministros da União Europeia está prevista para esta segunda-feira (14), com o objetivo de avaliar o MON810 e o NK603.

Segundo a secretária para a Ecologia da França, Nathalie Kosciusko-Morizet, os lóbis das multinacionais dos transgênicos são muito fortes na União Europeia, e influenciam na redação das diretrizes do organismo, que valem para os 27 países da UE. “É um problema com o qual nos confrontamos, pois as diretrizes deixam pouca margem de manobra para cada país da Europa”, afirma.

Fonte: Le Monde 14/12/2009


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

PLANTA EXÓTICA RESISTENTE AO GLIFOSATO

A BUVA, planta exótica considerada “erva daninha”, adquiriu resistência ao glifosato, contrariando as alegações dos defensores dos transgênicos de que não ocorreriam migrações gênicas de uma espécie vegetal para outra.

Em matéria intitulada BUVA “TRANSGENICA” RESISTE AO GLIFOSATO”, publicada dia 01 de dezembro, pelo jornal paranaense Gazeta do Povo, em seu caderno Caminhos do Campo: “a erva daninha conhecida como buva traz ao produtor brasileiro de soja um problema que , nos Estados Unidos e na Argentina, chegou a colocar em xeque o futuro da soja transgênica. Ao ganhar resistência ao glifosato, a planta daninha só morre com mudança no manejo e combinação de herbicidas. Em muitas lavouras, precisa ser arrancada manualmente. Ou seja, amplia o uso de agrotóxicos e dificulta o cultivo, anulando as principais vantagens da RR.

[...] a buva exige ação conjunta, uma vez que se espalha facilmente com o vento. Uma única planta produz até 200 mil sementes, conforme os especialistas. A semente da buva é 2 mil vezes mais que a da soja, o que lhe permite viajar no vento por centenas de quilômetros antes da germinação [...]

Como disputa luminosidade, água enutrientes, a buva reduz a produtividade da soja. A Embrapa relata casos de queda de 70% na produção, nas áreas mais afetadas.”

Os doutores não vão se explicar? Não afirmavam que isto não aconteceria?

A impunidade será novamente a regra?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Quanta água é preciso para produzir 1 quilo de carne??

Bye bye, água

A agricultura é o setor que mais consome água no país, cerca de 59%. O uso doméstico e o setor comercial consomem 22% e o setor industrial fica por último com 19% do consumo.

Em 2004, segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, nas exportações de carne bovina realizadas pelo Brasil, o maior exportador mundial de carnes, foram utilizados cerca de 14 trilhões de litros de água. Pela carne, os exportadores receberam o equivalente a US$ 1,970 bilhão.

No mesmo período, nas exportações de carne de galos e galinhas foram utilizados cerca de 6 trilhões de litros de água. Da mesma forma, pela carne, os exportadores receberam o equivalente a US$ 801,8 milhões.

Somados estes dois itens da pauta de exportações foram necessários quase 20 trilhões de litros de água para obter cerca de US$2,771 bilhões. Será que vale o câmbio?

Segundo David Pye, Presidente da Sociedade Vegetariana do Reino Unido, grandes quantidades de água são consumidas por hectare de plantação. Um hectare de milho consome 4 milhões de litros de água durante o crescimento, enquanto outros 2 milhões de litros evaporam no solo. Grãos de soja precisam de 4,6 milhões de litros de água por hectare e o trigo precisa de 2,4 milhões de litros por hectare. Mas, que efeito isso tem na produção de animais? “Um quilograma de proteína animal leva centenas de vezes mais água para ser produzido do que um quilo de proteína vegetal. A produção de 1kg de carne requer 100kg de forragem e 4kg de grãos. Isso equivale entre cem e duzentos mil litros de água”, afirma David Pye.

Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) revelam que são necessários 35 litros de água por dia para sustentar um boi e de 90 litros por dia para sustentar uma vaca leiteira (fonte: Natürlich Vegetarisch e EarthSave Magazine - Primavera 2000).

Os números variam e inúmeras são as maneiras de dizer quanto de água estamos jogando, literalmente, pelo ralo, mas há algo em comum: as necessidades indiretas são responsáveis por uma grande parcela do consumo. São necessários, por exemplo:


- 1.900 litros de água para produzir 1 Kg de arroz

- 3.500 litros de água para produzir 1 Kg de carne de frango

- 10.000 litros de água para produzir 1 Kg de carne de boi

- 150.000 litros de água para produzir 1 automóvel de passeio

- 280.000 litros de água para produzir 1 tonelada de aço


Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades (ano base: 2004). Medidas 50m x 25m x 2m, volume de 2.500 metros cúbicos

*Os dados para o estudo do ISA foram fornecidos pelas concessionárias prestadoras dos serviços para o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades (ano base: 2004).

**Com informações do Ipea.

Por Naná Prado, do Mercado Ético

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Oficina “A luta contra os agrotóxicos”

A oficina “A luta contra os agrotóxicos”, realizada durante o VI Congresso Brasileiro de Agroecologia, que aconteceu em Curitiba, de 09 a 12 de novembro deste mês, que contou coma a presença de mais de 4.000 pessoas, deu os seguintes encaminhamentos:

1. Ensino e pesquisa

. Ampliar o debate e circulação de informações sobre os riscos e impactos dos agrotóxicos nos currículos de ciências agrárias e da saúde, bem como fortalecer disciplinas voltadas para toxicologia e impactos ambientais dos agrotóxicos;
. direcionar atividades e estudos a partir da co-relação agrotóxicos, transgênicos, saúde e ambiente;
. promover maior interação entre as áreas de saúde, ambiente e agrárias no combate contra impactos decorrentes do uso de agrotóxicos.


2. Políticas públicas

- fortalecer políticas públicas voltadas à promoção da agricultura familiar e transição agroecológica;
- fomentar a criação de biofábricas de agentes de controle biológico, como alternativa ao uso de agrotóxicos;
- ampliar e fortalecer canais de acesso ao “mercado de trabalho” para profissionais de agroecologia;
- construir uma pauta e apresentar reivindicações da sociedade civil, relativas à questão dos agrotóxicos, aos candidatos à presidência da república.


3. Fiscalização/controle social

- fortalecer papel e ampliar a capacidade de operação da ANVISA;
- intensificar fiscalização das atividades comerciais envolvendo agrotóxicos;
- exigir divulgação de dados regionalizados sobre comercialização de agrotóxicos;
- Criar banco de dados e informações regionalizadas sobre acidentes envolvendo agrotóxicos, possibilitando cruzamento com informações sobre comercialização e possíveis identificações de regiões vulneráveis;
- incluir os produtos veterinários, na luta contra os agrotóxicos, com igual importância, ampliando o conceito para “agroquímicos”;
- fortalecer e criar fóruns de combate aos impactos dos agrotóxicos (nacional e estaduais).
- intensificar cobranças da sociedade civil sobre os órgãos oficiais que regulam o uso dos agrotóxicos, incluindo maior participação na CTNBio (valorizando a conquista da obrigatoriedade de realização de reuniões abertas) e nas consultas públicas lançadas pela Anvisa;
- intensificar fiscalização e aplicação de penalidades por danos à saúde da população e ao ambiente, em especial nas áreas de mananciais;
- exigir proibição da pulverização aérea;
- organizar manifestação da sociedade civil contra convênios realizados ente instituições públicas de pesquisa/ensino e a indústria de agrotóxicos e transgênicos;
- adotar limites anuais para o número de recomendações de agrotóxicos, em receituários agronômicos, por profissionais habilitados;
- adotar medidas que aumentem a responsabilidade de profissionais habilitados, quanto a possíveis impactos decorrentes do uso de agrotóxicos, bem como aumentar exigência curricular (formação e experiência profissional) como condição para emissão de receituários agronômicos;
- banir o uso do 2,4-D;
- combater a venda clandestina de agrotóxicos;
- exigir da CNBio estudos de impactos ambientais, socioeconômicos e na saúde da população pós adoção dos primeiros transgênicos no Brasil.


4. Saúde

- Encaminhar a questão dos agrotóxicos como assunto prioritário de saúde pública;
- capacitar médicos e equipes de saúde para diagnosticar intoxicações por agrotóxicos;
- fomentar o papel do médico e das equipes de saúde como agentes chave na educação e prevenção de intoxicações, com maior ênfase no meio rural;
- implementar um sistema de notificação de intoxicações por agrotóxicos a partir dos postos de saúde e hospitais, com garantias de funcionamento;
- adotar dados e notificações emitidas pelas áreas de saúde como referência para ações locais de combate aos impactos dos agrotóxicos.


5. Informação e comunicação

- promover campanhas de informação e conscientização sobre os riscos do uso de agrotóxicos em veículos de comunicação de massa, bem como ampliar canais de comunicação para espaços estratégicos como os de educação (formal e não-formal), eventos de grande porte, conselhos estaduais e municipais diversos, entre outros;
- intensificar o uso da internet na luta contra os agrotóxicos e dar mais destaque ao tema, especialmente nos sites das organizações ligadas à agroecologia;
- incluir mensagens de impacto nas embalagens de agrotóxicos como estratégia de conscientização;
- combater campanhas e propagandas de estímulo ao comércio de agrotóxicos e aumentar cobrança/vigilância quanto à qualidade da informação, evitando distorções do tema nas mensagens veiculadas na mídia;
- dar visibilidade ao Fórum de combate aos impactos dos agrotóxicos como espaço de acolhimento de denúncias relacionadas ao tema, seja na esfera nacional ou estadual.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Transgênicos: Assessora de Hillary Clinton quer o Brasil como papagaio de pirata.

Brasil pode convencer África a aceitar os transgênicos afirma assessora de Hillary Clinton

A parceria diplomática e científica entre o Brasil e os EUA pode ajudar a vencer a resistência dos países africanos aos transgênicos e abrir caminho para que vegetais geneticamente modificados tenham um impacto positivo para a segurança alimentar do mundo. É o que diz a bióloga Nina Fedoroff, 67, assessora especial de ciência da secretária de Estado Hillary Clinton.

Originalmente indicada por Condoleezza Rice para o cargo, ela se abstém de criticar o governo George W. Bush, ao contrário de muitos cientistas americanos, mas afirma que o presidente Barack Obama foi quem mais abraçou o conceito de "diplomacia científica".

A reportagem e a entrevista é de Reinaldo José Lopes e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 02-11-0209.

Segundo ela, trata-se de usar a colaboração internacional entre pesquisadores como forma de fortalecer a ação conjunta sobre temas controversos, como os transgênicos - ou o aquecimento global e a explosão populacional, duas de suas grandes preocupações.

Fedoroff esteve em São Paulo na semana passada para tentar ampliar as parcerias na área de ciência e desenvolvimento entre americanos e brasileiros.

Em entrevista, reconheceu que é muito difícil fazer com que o público americano se importe o suficiente com as mudanças climáticas para levá-lo a agir. Ela diz que estudos sobre a biologia das plantas cultivadas podem ser um caminho "semitecnológico" para minimizar o carbono na atmosfera e ataca os que rejeitam os transgênicos. "Não existe nenhum risco real. Os riscos, depois de 13 anos de plantio comercial, continuam sendo hipotéticos."

Veja a entrevista na página do Instituto Humanitas Unisinos

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

VI Congresso Brasileiro de Agoecologia

Curitiba sediará o VI Congresso Brasileiro de Agroecologiae II Congresso Latinoamericano de Agroecologia, de 09 a 12 de novembro de 2009.

O evento contará com uma Oficina intitulada: A luta contra os Agrotóxicos.
*A situação atual da regulação: dificuldades nas avaliações e reavaliações. *A Fiscalização nas Indústrias. O que fazer?

Veja mais em:http://www.agroecologia2009.org.br

referente a: AGROTÓXICOS , TRANSGÊNICOS E OUTROS CONTAMINANTES (ver no Google Sidewiki)

Conferência de Saúde Ambiental no Paraná pede o banimento de agrotóxicos.

A 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental - CNSA, em sua Etapa Parananense, finalizou seus trabalhos dia 25 de outubro de 2009, pedindo o banimento dos agrotóxicos e a implementação da agroecologia.

Cerca de 500 conferecistas reunidos em Faxinal do Céu, Município de Pinhão - PR, pediram que sejam implementadas medidas que possam levar a uma maior produção de alimentos agroecológicos como medidas para minimizar e elimar os riscos à saúde humana e ambiental decorrentes do modelo agrícola vigente no país.

Esperamos que os delegados eleitos pelo Paraná possam contribuir fazendo a defesa de tal proposta na Etapa Nacional que ocorrerá em Brasília, neste final de ano.

A Conferência foi um sucesso, especialemente, por ter discutido desde as questões relacionadas ao tão sonhado saneamento básico para todos até as questões sobre o aquecimento global.

Foram construídas 06 diretrizes e 12 ações prioritárias a serem levadas para as discussões nacional, onde deverão ser construídas as propostas para a Política Nacional de Saúde Ambiental.

O documento final poderá servir como subsídio ao Estado do Paraná, para a elaboração de sua Política Estadual de Saúde Ambiental, mediante a realização de Planejamento Estratégico, integrado entre os vários parceiros que realizaram a conferência.

Parabéns a todos que participaram e que trabalharam na construção deste evento.

Veja mais no site da 1ª CNSA

sábado, 24 de outubro de 2009

Secretário de Estado da Saúde afirma que estamos num reinício do Sistema Único de Saúde.

Na abertura da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental- CNSA, Etapa PARANÁ, o Dr. Gilberto Berguio Martin, relembrou a construção do Sistema Único de Saúde - SUS, afirmando se tratar do primeiro e único que comtempla ampla participação social em sua implementação e consolidação, através dos mecanismos de Conferências de Saúde que são realizadas de tempos em tempos e dos instamentos legais que garante o pleno Controle social.

Com esta fala Dr. Gilberto chamou a tenção para o fato que o SUS hoje é uma Política de Estado, referindo-se as possibilidades que a 1ª CNSA tem de construir um novo modelo de saúde que integre as políticas setoriais em pró da melhoria da qualidade de vida da população e do país. Relembrando a construção do SUS, o Secretário afirma a possibilidade de que se construa a Política de Saúde Ambiental como uma Política de Estado.

Com estas palavras, ele faz a abertura do evento, chamando os delegados, convidados e demais participantes a responsabilidade de se contruir diretrizes e ações que possam de fato representar as necessidades de um território chamado ESTADO DO PARANÁ.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Amanhã, 23/10, tem início a etapa paranaense da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental

Com abertura programada para às 20h00, tem início amanhã a etapa paranaense da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, na Universidade do Professor em Faxinal do Céu.

A abertura será feita pelo Dr. Gilberto Martin, Secretário de Estado da Saúde e Presidente da Etapa Estadual da Conferência. Uma árvore simbólica será plantada pelo Secretário de Estado do Meio Ambiente, Dr. Rasca Rodrigues, em comemoração ao evento.

Estarão presentes também o Dr. Walter Bianchini, Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná e o Dr. Luiz Forte Netto, Secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano.

A palestra magna será feita pelo Deputado Estadual Dr. Luiz Eduardo Cheida, Presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Paraná.

Os delegados eleitos nas Etapas Regionais que aconteceram em Curitiba, Ponta Grossa, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Umuarama, Cascavel, Francisco Beltrão e Guarapuava, terão a oportunidade de viver um momento de democracia participativa, debatendo e elegendo 06 diretrizes e 12 ações estratégicas que deverão ser defendidas na Etapa Nacional que se realizará em Brasília de 09 a 12 de dezembro de 2009.

Na Etapa Nacional serão discutidas as diretrizes e ações estratégicas elaboradas nas Etapas Estaduais com o objetivo de formular a Política Nacional de Saúde Ambiental.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Protesto do Greenpeace contra arroz transgênico

Em artigo de Gabriela Lima, publicado ontem, 15 de outubro de 2009, no Correio Brasiliense somos informados que ativistas da Organização Não Governamental (ONG) ambiental Greenpeace fizeram, na manhã de ontem (15/10), em Brasília, um ato contra a liberação comercial do arroz transgênico da Bayer no Brasil. O protesto ocorreu durante reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), responsável pela análise do pedido de liberação.

 - (Divulgação/Greenpeace)
O arroz seria o primeiro transgênico a ir direto para o prato do brasileiro, já que 100% do cultivo é destinado à nutrição humana, segundo o coordenador da campanha de transgênicos do Greenpeace, Rafael Cruz. Diferente da soja e do milho (cujo plantio de variedades geneticamente modificadas já é permitido no país), que tem boa parte da produção destinada à alimentação animal. Rafael destaca que, se aprovada, essa medida será uma ameaça à biodiversidade e à saúde humana.

Fantaziados com tyvek, roupa utilizado por aplicadores de agrotóxicos em plantações, os 10 manifestantes seguravam uma faixa com a frase: "Dilma, veneno no meu prato não!". Segundo Rafael estudos, estudos apontam que os transgênicos fazem aumentar o uso de agrotóxicos no campo.

O movimento apelou para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, porque ela é a presidente do Conselho Nacional de Biossegurança. O CTNBio tem competência para liberar o plantio e a comercialização dos transgênicos, mas, no caso da contestação de um parecer, a palavra final caberá ao conselho.

Vigilância Sanitária do Paraná é destaque nacional.

A Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná se destaca no desenvolvimento do Programa de Análise de Agrotóxicos em Alimentos - PARA, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, do Ministério da Saúde.

Em Reunião Nacional relizada em Belo Horizonte, durante o XVI Congresso Brasileiro de Toxicologia, que contou com a presença de mais de 100 representantes das Vigilâncias Sanitárias de 26 estados brasileiros, a Vigilância Sanitária do Paraná e mais 3 estados da federação foram consideradas aquelas onde o desenvolvimento dos trabalhos do PARA demonstram grandes avanços.

A ANVISA, convidou então estes quatro estados a colaborarem na orientação dos demais, com o objetivo de ampliar a capacidade dos estados em realizar análises e desenvolver ações de proteção e promoção da saúde da população.

O Laboratório Central de Saúde Pública do Paraná - LACEN/PR, analisa mensalmente, aproximadamente, 100 amostras de alimentos, de todo o país. Possui equipamentos modernos capaz de identificar mais de 200 princípios ativos de agrotóxicos.

Os laudos das análises realizadas, tanto pelo LACEN/PR, quanto dos outros laboratórios do programa, quando demonstram que os alimentos encontram-se em desacordo são encaminhados para a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, que faz parte do desenvolvimento dos trabalhos no estado do paraná, realizando as coletas dos alimentos nos supermercados, bem como para a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná- SEAB, para o CEASA/PR e para as VISAs de outros estados afim de que sejam tomadas medidas corretivas junto aos produtores.

Parabéns a ANVISA e a todos os envolvidos no desenvolvimento dos trabalhos do PARA, que vou resumir na fala do Evandro Dantas de Almeida da Vigilância Sanitária de Sergipe:

"Quando me perguntam - o que você vai fazer hoje para a humanidade, respondo: faço parte do PARA, cuidando para que as pessoas não tenham câncer"

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vigilância Sanitária do Paraná participa do IV Simpósio Brasileiro sobre resíduos de agrotóxicos em alimentos.

A Vigilância Sanitária do Paraná, que em conjuto com as VISAs de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco, teve papel significativo na implantação e desenvolvimento do Programa de Análise de Agrotóxicos em Alimentos - PARA, participa do IV Simpósio Brasileiro de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, no período de 08 a 09 de de outubro de 2009, em evento que reune mais de 300 participantes em Belo Horizonte.

Com uma pauta técnico-científica que vai desde de a apresentação do Programa Espanhol de Vigilância de Resíduos em Vegetais: desenho, metodologia analítica e resultados, em palestra ministrada pelo Dr. Miguel Gamon do Laboratorio Agroalimentario Generalitar Valenciana - Reference Laboratory (CRL) fruits an vegetables, passando por discussões acerca dos Limites Máximos de Resíduos de agrotóxicos em "culturas menores" ( ou seja aquelas que não existem LMRs estabelecios, exemplo, a salsinha) em estudos apresentados pela ANVISA, e, também, pelo Dr. Daniel Kunkel - Associate Director, IR-4 Projet Headquarters, do Programa de Uso de Agrotóxicos em Culturas de Baixo Suporte Fitossanitário nos USA e Diretrizes do Codex Alimentarius.

Foi discutido ainda, em Mesa Redonda as questões relaionadas ao Câncer e Meio Ambiente, em palestra proferida pelo Instituo Nacional de Câncer - INCA e, ainda, apectos da Defesa do Consumidor onde os palestrantes foram do Instituo Braseiro de Defesa do Consumidor - IDEC e do Ministério da Justiça - Departamento de Defesa do Consumidor.

Os debates trazem reflexões sobre a SEGURANÇA E SOBERANIA ALIMENTAR em nosso país.

O evento deverá finalizar sábado com a palestra do Gerente Geral de Toxicologia da ANVISA, Dr. Luiz Cláudio Meireles sobre o PARA e sua realidade atual.

O ex-Ministro da Saúde, hoje, Diretor da ANVISA, Dr. José Agenor, em sua fala de abertura, reafirma o papel regulador do Estado, inferindo sobre a necessidade de que os setores supermercadistas do país, tenham consciência sobre a responsabilidade social, defendendo a paticipação tanto do público como do privado para que o alimento não tenha só "beleza externa mas que possa trazer segurança alimentar". Ressalta que não existe nenhum interesse por parte dos órgão reguladores (que detém um poder indelegável de regulação e fiscalização, garantido pela Constituição Federal de 1988) em fechar qualquer fábrica ou comércio, enfatizando que as regras devem atender a todos e que os compromissos acordados devem ser cumpridos, também, por todos. Mostra-se, entretanto, contra a autoregulação do setor. "DEVEMOS PENSAR BEM", diz.

O Sr. Márcio Milan, vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS, em sua palestra traz os dados deste setor que contabilizou um faturamento de 158 bilhões de reais, no ano de 2008, garantindo emprego direto para, aproximadamente, 876.916 funcionários, em uma área de comercilização de 18,8 milhões de metros quadrados. Informa que no passado a preocupação do setor se restringia do Código de Defesa do Consumidor e que, hoje, a grande preocupação é com a Segurança Alimentar.

O Instituo de Defesa do Consumidor - IDEC, deixa uma pergunta no ar: "é POSSÍVEL TER SAÚDE COM O USO DO AGROTÓXICO", já do Ministério da Justiça, pela explanação do Departamento de Defesa do Consumidor, deixa claro suas intenções em estabelecer parcerias, como a que fez no mês passado com a ANVISA, para efetivamente fazer cumprir o Código de Defesa do Consumidor, em especial em seu Art. 4º. que tem a seguinte redação: A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:

a) por iniciativa direta;

b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;

c) pela presença do Estado no mercado de consumo;

d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.

III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;

IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;

V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo;

VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores.

O Instituto Nacional de Câncer - INCA, apresentou dados de agrotóxicos e câncer, com demonstrações claras de suas preocupações com o aumento de câncer de mama, bem como com os gastos hospitalares decorrentes dos tratamentos com a incidências de vários tipos de cãncer que chegam a cifras astronômicas no país.

Enfim, amanhã teremos nova rodada, deste evento, que serve tanto para capacitar os que estão participando, como demonstra a grande importância do Programa de Análises de Agrotóxicos em Alimentos - PARA e seus desdobramentos em todas as esferas de governo, bem como, na academia e na reflexãoque deve ser feita pela sociedade em geral:

QUAL É O RISCO QUE NÓS BRASILEIROS ACEITAMOS QUANDO ADMITIMOS QUE NOSSOS ALIMENTOS VENHAM IMPREGNADOS DE RESÍDUOS DE VENENOS PARA NOSSOS PRATOS.


Alfredo Benatto

De Belo Horizonte - MG

Que BH nos tragas belos horizontes.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ANVISA interdita mais veneno. Agora foi a vez da Syngenta.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou cerca de 1 milhão de quilos de agrotóxicos com irregularidades e adulterações, na fábrica da empresa Syngenta, de origem suíça, em Paulínia (SP). Os problemas foram encontrados após fiscalização da Agência, realizada na última semana.

Após três dias nas instalações da maior empresa em vendas de agrotóxicos no Brasil e no mundo no ano de 2008, a equipe da Anvisa encontrou várias irregularidades na importação, produção e comércio de produtos agrotóxicos. A ação contou com apoio da Polícia Federal.

Do total de produtos interditados, 600 mil kg correspondiam a agrotóxicos e componentes com datas de fabricação e de validade adulteradas. Esses produtos não poderão ser utilizados ou comercializados até que se restituam as datas verdadeiras de produção e de validade.

A empresa também foi autuada por destruição total das etiquetas de identificação de lote, data de fabricação e de validade do agrotóxico Flumetralin Técnico Syngenta, igualmente interditado. Vários lotes do mesmo produto também foram interditados por apresentarem certificado de controle de impurezas sem assinatura, data da sua realização ou com data de realização anterior à produção do lote analisado.

O controle de impurezas toxicologicamente relevante no Flumetralin Técnico é obrigatório uma vez que tais impurezas são reconhecidamente carcinogênicas e capazes de provocar desregulação hormonal. Também foram interditados todos os lotes do produto PrimePlus, formulados com os lotes interditados do Flumetralin Técnico.

Outro produto técnico interditado com o certificado de análise insatisfatório (sem assinatura e sem a quantidade real de ingrediente ativo) foi o Score Técnico. Já o agrotóxico Verdadeiro 600 teve as embalagens interditadas por confundir o agricultor quanto ao perigo do produto. Apesar de ser da classe toxicológica mais restritiva, as cores dos rótulos do referido agrotóxico induziam o agricultor a concluir que o produto poderia ser pouco tóxico.

A Syngenta também foi autuada por venda irregular do agrotóxico Acarmate (Cihexatina). A fiscalização da Anvisa identificou que o produto, com venda restrita ao estado de São Paulo, era comercializado para outros estados.

A empresa foi notificada, ainda, a efetuar alterações no sistema informatizado que possui de modo que seja possível controlar efetivamente, lote a lote, a quantidade dos componentes utilizados nos Produtos Formulados. Dentro de 30 dias, a empresa está sujeita a nova fiscalização para verificação do cumprimento das condições estabelecidas na notificação.

As infrações encontradas podem ser penalizadas com a aplicação de multas de até R$1,5 milhão e com o cancelamento dos informes de avaliação toxicológica dos agrotóxicos em que foram identificadas tais irregularidades. Em caso de possibilidade de outras infrações além das administrativas, a Anvisa encaminha representação à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal para possível investigação criminal.

Adulteração

Agrotóxicos são produtos com alto risco para saúde e meio ambiente e, por isso, sofrem restrito controle de três órgãos de governo: Anvisa, IBAMA e Ministério da Agricultura. Alterações na fórmula desses produtos aumentam significativamente as chances do desenvolvimento de diversos agravos à saúde como câncer, toxicidade reprodutiva e desregulação endócrina em trabalhadores rurais e consumidores de produtos contaminados.

Só este ano, a Anvisa já apreendeu, 5,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados. As fiscalizações ocorrem, principalmente, quando são identificados indícios de irregularidades nos produtos acabados.

Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Agrotóxicos - Cascavel promove evento para médicos e outros profissionais


A Regional de Saúde de Cascavel em parceria com a Prefeitura do Município de Cascavel, SEAB/EMATER e UNIOESTE, promoveram hoje, 30 de setembro evento de sensibilização para as questões relacionadas a saúde do trabalhador exposto aos agrotóxicos.

As palestras enfocaram a história dos venenos no Brasil, principais grupos de trabalhadores sob risco, métodos de diagnóstico laboratorial e, por fim, CÂNCER E AGROTÓXICOS.

O evento foi uma iniciativa do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador da 10ª Regional de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

Iniciativas como esta devem ser parabenizadas por todos aqueles que buscam caminhos para o não uso destas substâncias que tanto prejuízo econômico e social já trouxe para nosso país.

Parabéns a equipe que desenvolveu os trabalhos e aos palestrantes.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental no Paraná.

Já foram realizadas 04 Conferências Regionais (Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Londrina e Maringá), da Etapa Estadual da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental - 1ª CNSA, aqui no Estado do Paraná.

As discussões buscam definir diretrizes e ações prioritárias que possam ser debatidas na Etapa Estadual, que acontecerá em Pinhal/Faxinal do Céu, de 23 a 25 de setembro deste ano, onde serão votadas as diretrizes e propostas pelos delegados eleitos com vistas aos debates em Brasília em dezembro.

Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de poder exercer o seu direito de cidadão, colaborando na definição de rumos, em um processo de democracia participativa, este é um bom momento.

Vários segmentos estão discutindo propostas, bem como elegendo seus delegados para a etapa estadual: Movimentos sociais, ONGs , Empresários, Trabalhadores, Setores Públicos Municipais, Estadual e Federal, podendo todos se manifestarem em igualdade de condições.

Amanhã tem início a Conferência Regional, aqui em Umuarama, que congrega os demais municipios desta regional, bem como de Cianorte e Campo Mourão.

Mais informações podem ser obtidas no site da CNSA

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

STJ determina que Bayer indenize agricultores.

A ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO STJ informou dia 14 de setembro que manterá a condenação da Bayer Cropscience Ltda por ineficácia de fungicidas devendo indenizar, em R$ 150 mil, produtores de soja de Mato Grosso que tiveram sua safra afetada pela praga conhecida como ferrugem asiática.

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu o recurso de Lauro Diavan Neto e outros, entendendo que existiu imenso prejuízo econômico suportado pelos agricultores.
No caso, os produtores de soja ajuizaram ação indenizatória contra a Bayer pedindo o ressarcimento do prejuízo pela perda da safra agrícola de 2003/2004. Em primeiro grau, o pedido foi negado sob o fundamento da inexistência de relação de consumo entre o produtor agrícola e a empresa fabricante de insumos agrícolas.

Além disso, o juízo afirmou que houve a utilização incorreta e tardia dos fungicidas Stratego e Folicur pelos agricultores, contrariando as orientações da bula, e que o técnico responsável pela lavoura era ausente.

O Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso (TJMT), ao julgar a apelação, reconheceu a liquidação por arbitramento dos valores devidos a título de danos emergentes e lucros cessantes, além do pagamento de indenização pelos danos morais no valor de R$ 150 mil para cada produtor.

Dessa decisão, a Bayer opôs embargos infringentes (tipo de recurso), acolhidos para afastar a indenização por danos morais. A indenização por danos morais mostra-se indevida, considerando que os danos morais pressupõe um estrago na pessoa e não nos bens do ofendido, decidiu.

Inconformados, os produtores de soja e a empresa de insumos agrícola recorreram ao STJ. A Bayer sustentou que não poderia ser considerado consumidor o agricultor adquirente de produto a ser utilizado ou integrado ao processo produtivo com o intuito de lucro. Desta forma, seria inaplicável o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Por sua vez, os produtores de soja reafirmaram a ocorrência de dano moral.

Em seu voto, o relator, desembargador convocado Paulo Furtado, ressaltou que na tese da Bayer de que os produtores não produziram uma única prova de que teriam adquirido e utilizado os fungicidas fabricados por ela, contraditada pelo TJMT, incide a Súmula 7 do STJ.

Uma vez provada a efetiva utilização do produto pelos recorrentes e havendo fortes evidências e fundada suspeita de que o dano teria sido oriundo da falha de qualidade do produto colocado no mercado, cumpriria à ré a produção de provas em sentido contrário, mesmo sob a égide do Código de Processo Civil, o que não foi providenciado.

Ao acolher o recurso de Lauro Diavan Neto e outros, o relator classificou como injusto e profundo o transtorno provocado pela quebra na safra dos produtores rurais, uma vez que a lavoura é base de sustentação econômica e social. O resultado agrícola é o meio de sobrevivência do agricultor, a garantia de novos financiamentos e a possibilidade de incremento fundamental da atividade econômica o que independe da condição financeira do produtor, afirmou.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Monsanto promove projeto de lei que privatiza sementes nativas.

O Portal Latino Americano da Agência ANSA informa que organizações de camponeses e indígenas chilenos acusam a empresa Monsanto de promover um projeto de lei no Congresso que busca, segundo as entidades locais, a privatização das sementes nativas.
A Monsanto, que detém 90% da produção global de transgênicos e que, no Chile, reproduz sementes transgênicas de milho e soja para exportação, é acusada pelas organizações de estar por trás do projeto de lei enviado pelo governo.
Junto à Rede de Ação em Praguicidas e suas Alternativas para a América Latina (Rapal), a comunidade local conseguiu adiar a aprovação dos artigos 46, 47 e 48 da nova lei chilena, que é analisada pela Comissão de Agricultura da Câmara Baixa.
O artigo 48 -- que será analisado na terça-feira -- legaliza o fim dos direitos dos agricultores sobre o produto total da colheita.
As organizações, que acusam a medida de ser prejudicial à biodiversidade e de abrir o país aos transgênicos, também recordam que em fevereiro de 2008 foi aprovado um projeto semelhante na Costa Rica.
Contudo, o agricultor costa-riquenho não perdeu todos os seus direitos. Já no Chile, a norma abriria caminho para que "as plantações fossem apropriadas por uma transnacional ou uma outra empresa".
Para Guillermo Riveros, presidente da Associação de Agricultores Orgânicos de BioBio, "estes artigos implicam a introdução dos cultivos transgênicos". "Não sabemos onde estão os cultivos de sementes orgânicas de exportação e demonstra-se que não é possível a co-existência entre transgênicos e cultivos orgânicos. É o futuro da agricultura orgânica que está em jogo", completou.

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sábado, 5 de setembro de 2009

Hormônio estradiol é detectado em águas do Rio de Janeiro

RioParaibadoSulVoltaRedonda
Região do Médio Paraiba é a que apresenta a situação mais crítica.
Amostras de água não tratada do rio Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro, apresentam índice de atividade biológica hormonal que coloca em risco à saúde da população. A constatação é fruto da pesquisa realizada pela aluna de doutorado do Programa de Engenharia Química da Coppe, Amanda Cristina Vieira Dias, sob a coordenação da professora Marcia Dezotti.

A região do Vale do Médio Paraíba, que abrange as cidades de Resende, Volta Redonda e Barra Mansa, no estado fluminense, é a que apresenta a situação mais crítica. Neste trecho, um número significativo de amostras apresentou índice de atividade hormonal equivalente a presença de mais de um nanograma de estradiol por litro na água não tratada. Segundo a professora Márcia Dezotti, o estradiol é um hormônio capaz de alterar o funcionamento do sistema reprodutor de homens e animais “O índice detectado nas amostras é suficiente para gerar distúrbios no sistema endócrino de seres humanos e provocar, por exemplo, a feminização de peixes. Mesmo em baixa concentração, o estradiol aumenta o risco de doenças como câncer de próstata, mama e útero, e pode ocasionar infertilidade”, adverte a professora.

A pesquisa também avaliou a água tratada do rio Guandu, que abastece 80% da população da região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo Dezotti, das 15 amostras de água tratada que foram coletadas no Guandu, apenas uma apresentou o equivalente a um estradiol por litro, indicando baixa atividade hormonal. No entanto, o risco é
AmandaeprofDezottieAmostras
Amanda e sua orientadora, a Prof. Marcia Dezotti, analisam no laboratório da Coppe as amostras coletadas nos rios.
iminente: oito das 15 amostras de água coletadas no mesmo rio, antes de passar pela central de tratamento, apresentaram atividades hormonais.

A professora adverte que a tendência é que esse tipo de poluição aumente cada vez mais, pelo uso constante de remédios e produtos químicos, que incluem até mesmo produtos de limpeza, desinfetantes e cosméticos. São produtos que apresentam atividade biológica, mesmo em baixa concentração.

Segundo Dezotti, no exterior o descarte dessas substâncias nos rios é motivo de preocupação de governos. “No Brasil, as estações de tratamento precisam ser modernizadas. Ainda hoje elas utilizam os mesmos métodos e tecnologias adotados na década de 50. Nesta época, a população era bem menor e nos últimos 50 anos surgiram uma enorme quantidade de novos produtos, principalmente os produzidos pela indústria química. Eliminar essas substâncias na água requer tratamentos especiais”, alerta.

Os pesquisadores da Coppe apontam como solução o uso combinado de cloro com ozônio. Nos testes realizados no Laboratório de Controle da Poluição das Águas da Coppe, as técnicas oxidativas que empregam o cloro ativo e o ozônio conseguiram
DoutorandaAmandaLaboratorio
A aluna de doutorado da Coppe, Amanda Dias, pesquisa há três anos as águas do Paraíba do Sul e do Guandu.
reduzir, a níveis satisfatórios, a atividade hormonal presente na água coletada. Segundo Amanda, o uso do ozônio se mostrou eficaz, devido à baixa dosagem necessária para a remoção completa das atividades hormonais e pelo fato de não deixar resíduo na água.

“A implantação da ozonização em centrais de tratamento aumenta a qualidade da água, por se tratar de uma técnica capaz de promover o controle dos níveis de diversas classes de micropoluentes, além de contribuir para a desinfecção da água. A técnica, que vem sendo usada com sucesso na Europa, foi adaptada pelos pesquisadores da Coppe para ser aplicada na região do Paraíba”, explica Amanda, que até o final do ano defende sua tese de doutorado sobre o tema.

O percurso dos poluentes emergentes

Os hormônios podem se produzidos pelo próprio organismo ou ingeridos por meio de medicamentos, a exemplo dos anticoncepcionais. Parte é eliminada na urina e nas fezes e, no caso de fármacos como os antibióticos, por exemplo, cerca de 80% são descartados pelo organismo ainda na sua forma ativa. Segundo a professora Dezotti, o problema é que as técnicas tradicionais utilizadas nas centrais de tratamento de esgoto não conseguem remover completamente essas substâncias. Por isso, ao serem descartados, os hormônios se mantêm com atividade biológica nos corpos hídricos. Em várias amostras coletadas durante a pesquisa no rio Paraíba, os hormônios estavam associados à proteínas, que é a forma como são eliminados pelo organismo. “Essa associação indica duas possibilidades: ou o esgoto foi despejado no rio, in natura, sem ser tratado, ou a estação de tratamento não está sendo eficaz”, afirma.


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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ANVISA recomenda a proibição do organoclorado endossulfan

Há muito que se pede a proibição do registro do agrotóxico organoclorado endossulfan no Brasil.

Em decisão publicada hoje, 04 de setembro de 2009, foi colada em consulta pública a recomendação da Agência de Vigilância Sanitária - ANVISA para o banimento do endossulfan.

Outro produto que está sofrendo proibições é o acefato com a indicação de sua proibição imediata de uso nas culturas de amendoim, batata, brócolis, citros, couve, couve-flor, cravo, crisântemo, feijão, fumo, melão, pimentão, repolho, rosa e tomate. O acefato só poderá ser usado em algodão e soja, até a data de 31 de outubro de 2013.

Leia mais no site da ANVISA

O segredo dos pomares sem agrotóxicos - Reportagem da Rede Globo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que banir agrotóxicos

A Revista Bem Público postou matéria, em 31 de agosto, informando que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo começa a analisar um Projeto de Lei que determina o banimento de 14 princípios ativos utilizados na formulação de mais de 200 agrotóxicos. Formam a lista abamectina, acefato, carbofurano, cihexatina, edossulfam, forato, fosmete, glifosato, lactofem, metamidofós, paraquate, parationa metílica, tiram e triclorfom. Pela proposta, a proibição passa a valer a partir do dia 1º de janeiro de 2010 para todo o estado.

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Entre os principais malefícios causados pelos pesticidas que integram a relação estão câncer, mutações e problemas no sistema nervoso. A maioria dos ingredientes está proibida nos Estados Unidos, Japão, Canadá e em países que formam a comunidade europeia. Até mesmo a China, que frequentemente é alvo de denúncias de abuso contra o meio ambiente, já não utiliza alguns desses princípios ativos.

O projeto de lei obriga ainda as unidades de saúde das redes pública e privada a notificar todos os casos de doenças e óbitos decorrentes da exposição a qualquer tipo de agrotóxico. Hoje, as ocorrências são subnotificadas. Um levamentamento do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), da Fundação Oswaldo Cruz, no entanto, dá a noção da gravidade do problema. Em 2007, último período analisado, foram registradas mais de 5,3 mil casos de intoxicação e 162 mortes causadas por agrotóxicos.

Pela proposta, quem infringir as novas regras está sujeito às penalidades previstas no Código Sanitário do Estado de São Paulo, que vão da advertência ao cancelamento da licença de funcionamento da empresa e, em casos extremos, intervenção. As multas podem chegar a 10 mil Ufesps (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), o equivalente a mais de R$ 150 mil.

O Brasil é hoje o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Segundo dados do Sindag (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola), em 2008, foram 733,9 milhões de toneladas. Um mercado que movimentou US$ 7,1 bilhões. No mesmo período, os Estados Unidos, maior produtor de alimentos do mundo, atingiu a marca de 646 toneladas de agrotóxicos.

Um estudo realizado em 2008 pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com 17 tipos de alimentos, verificou que 15% das 1,7 mil amostras analisadas continham resíduos de pesticidas acima dos níveis permitidos pela lei.

“Estamos gastando e pagando em dólar por produtos que fazem mal para a saúde das pessoas e que estão proibidos na maioria dos países do mundo”, afirma Simão Pedro, deputado autor do projeto, coordenador da Frente Parlamentar pela Segurança Alimentar e Nutricional da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e membro da Frente Parlamentar Latino Americana Contra a Fome da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Grupo de autismo e doença de Lyme condena alimentos transgênicos

Uma declaração da Fundação de Autismo Induzido por Doença de Lyme (LIA, na sigla em inglês) divulgada esta semana diz que os testes com alimentação transgênica em animais já fornecem provas mais do que suficientes sobre os danos dos transgênicos para a saúde e que, portanto, os médicos devem começar a prescrever dietas livres de transgênicos. Segundo a fundação, a recomendação seria especialmente importante para indivíduos com autismo, doença de Lyme e condições associadas a estas doenças.

A declaração inclui uma citação da Dra. Jannelle Love, fundadora da Fundação de Assistência ao Autismo: “É sabido que as crianças no espectro autístico sofrem de sistemas imunológicos frágeis, inflamações digestivas e do cérebro e uma sobrecarga de toxinas ambientais. Introduzir elementos estranhos como alimentos transgênicos em crianças tão frágeis poderia provocar uma deterioração mais grave e talvez bloquear os delicados caminhos bioquímicos necessários para o funcionamento apropriado do organismo e a possível recuperação”.

A doença é causada por uma bactéria transmitida por carrapatos minúsculos infectados (em Massachusetts, é transmitida por carrapatos de cervo). Pessoas e animais podem ser infectados e contrair a doença.

Em maio deste ano, a Academia Estadunidense de Medicina Ambiental já havia publicado uma declaração semelhante, orientando, entre outras recomendações, os médicos a alertarem seus pacientes, a comunidade médica e o público em geral a evitar os alimentos transgênicos sempre que possível.

Fonte:
Institute for Responsible Technoloy

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

POR QUE TEMOS QUE INGERIR MAIS VENENOS?

Segundo o Engenheiro Agrônomo Reinaldo Onofre Scalisk primeiro foi o aumento em 50 (cincoenta) vezes a quantidade de resíduo de glifosato que pode permanecer nos grãos soja, aprovação esta pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Esta decisão foi para poder ser liberado no Brasil o plantio e o consumo da soja transgênica. Na soja não transgênica (convencional) só era permitido a quantidade de 0,2 mg/kg de glifosato, mas dificilmente era encontrado o resíduo deste veneno, pois o uso do mesmo na soja convencional é feito antes do plantio, portanto não entra em contato com a planta, como também o produto não é absorvido pelas raízes da mesma. Mas com a introdução da soja transgênica a ANVISA aumentou para 10mg/kg a quantidade de glifosato que pode permanecer nos grãos do soja, pois este agrotóxico na soja transgênica é utilizado para exterminar as plantas daninhas até 56 dias antes da colheita, sendo que, quando é utilizado ele atinge também as folhas da soja e é absorvido, passando a circular no interior da planta, chegando também os grãos de soja. Em análises laboratoriais constatou-se que mais de 60% das amostras de soja transgênica apresentaram resíduos de glifosato, dentro dos limites estabelecidos pela ANVISA, sendo que em algumas amostras a presença desse agrotóxico apresentou-se acima do permitido, mas na soja convencional isto não acontece.


A ANVISA publicou no Diário Oficial da União no dia 29 de julho de 2009, uma Consulta Pública ficando aberto o prazo de trinta dias para que sejam apresentadas críticas e sugestões relativas à proposta de aumentar a quantidade máxima de resíduo de glifosato de 0,1mg/kg para o milho convencional, hoje, para 1,0 mg/kg de milho transgênico e convencional. Mais uma vez, tem que aumentar o nível de resíduo para poder liberar o glifosato, agora, para uso no milho transgênico.


Para ter uma idéia da potência deste veneno damos como exemplo o que é 0,1 mg/kg – é como se comparássemos a décima parte de 1 milímetro numa régua com 1 km de comprimento.


Será que o ser humano e os animais estão se tornando resistentes ao glifosato, como as plantas daninhas estão?

Será que vamos poder se alimentar com milho verde e outros derivados, do milho transgênico, tranqüilamente? Ou vamos entrar nas estatísticas dos intoxicados.


Será que os animais as aves poderão se alimentar com um milho e seus derivados (transgênicos)?


Quando a ANVISA vai divulgar o resultado da reuniões realizadas nos dias 06 a 09 de maio de 2008, (data publicada na Resolução RDC n° 10, de 22 de fevereiro de 2008) que teve como assunto a discussão dos relatos de intoxicação ocupacional e acidental, a solicitação de revisão da dose estabelecida para a Ingestão Diária Aceitável (IDA) por parte de empresa registrante, a necessidade de controle de limite máximo de impurezas presentes no produto técnico e possíveis efeitos toxicológicos adversos, do glifosato?


Como poderemos apresentar sugestões ou críticas à Consulta Pública, se a única informação que foi publicada no Diário Oficial da União é que vai ser aumentado o Limite Máximo de Resíduo para 1,0 mg/kg para incluir milho transgênico? Não cita nem o nome da empresa solicitante, suspeitamos que seja a MONSANTO. E os documentos e as justificativas apresentados pela empresa para avaliação, estão à disposição do público? Por que não fazer uma Audiência Pública com a apresentação dos documentos?


Continuaremos na interrogação e forçosamente iremos ingerir mais venenos.



Eng° Agrônomo Reinaldo Onofre Skalisz

Membro- Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária

Skalisz.Reinaldo@gmail.com

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Agrotóxicos - visam apenas o aumento dos lucros

A Revista Eletrônica de Agroecologia, postou matéria em seu editorial de 10 de agosto de 2009 informando que o Brasil atingiu recentemente uma liderança da qual não podemos nos orgulhar. Somos o país que mais consome agrotóxicos no planeta. A ‘conquista’ não pode ser ignorada, como se dela não fizéssemos parte. Se por um lado existe a enorme pressão comercial das empresas produtoras de agrotóxicos - que sem qualquer compromisso com o meio ambiente e com a saúde da população visam apenas o aumento dos lucros – por outro existe todo um contexto que permitiu chegarmos a essa liderança. Faz parte desse contexto, a opção por um modelo de desenvolvimento agrícola em que a intensificação tecnológica gradativamente expulsa a agricultura familiar, e tem sido causa de degradação dos recursos naturais e de exclusão social.

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sanepar estuda metodologia para rastrear agrotóxicos nos mananciais

A Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR está desenvolvendo metodologia para identificar e rastrear resíduos de agrotóxicos que chegam aos mananciais.
Segundo Maria Arlete Rosa, diretora de Meio Ambiente Social e Ação Social da Sanepar, o constante desenvolvimento de novos produtos pela indústria agroquímica exige avanço nas técnicas de identificação e remoção dos resíduos tóxicos que, por diferentes situações, atingem minas, córregos e rios, com o risco de inviabilizar o uso desses cursos de água para o consumo humano. “Chegamos num momento crítico: com a escassez dos recursos hídricos cada vez mais presente, precisaremos mudar todos os procedimentos adotados até hoje em relação aos agrotóxicos. E isto implica legislações mais severas para controlar o uso dos defensivos e adubos e novas técnicas de análise e tratamento da água que venha a ser contaminada”, avalia.

Leia mais na Agência de Noticias do Estado do Paraná

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sem hipocrisia, quem quiser fumar que fume, mas pague a conta.

Tramita na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná o Projeto de Lei 276/09, encaminhado pelo Governador Roberto Requião que propõe medidas de proibição do uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto derivado do tabaco que produza fumaça, em recinto coletivo, privado ou público.

O Projeto foi encaminhado pela Mensagem de Nº 041/2009, de 08 de junho de 2009, onde o Sr. Governador afirma que:


“Muito embora a nossa Carta Magna prime pelas liberdades individuais, a prática do fumo em locais onde se atinja outrem não deve ser tolerada, pois está comprovado que o cidadão que não faz uso do tabaco acaba sendo atingido, pode padecer de males diversos”.


“Ademais, o tratamento para os males do tabagismo vem sendo, na maioria das vezes custeado pelos cofres públicos, necessitando, assim, de medidas emergenciais de prevenção”.


Aqueles de defendem o hábito de fumar como sendo uma decisão privada e de inviolável liberdade, estão corretos para o que não há argumentos que derrubem tal tese. Entretanto, se o risco é assumido individualmente que seja praticado em instância privada, e que seu tratamento e seu respectivo pagamento não seja socializado para o conjunto da população. Assim sendo, a existência de restrições tal qual as propostas no Projeto de Lei, visam o bem público, sendo necessárias.


Sem hipocrisia, quem quiser fumar que fume, mas pague a conta.

domingo, 9 de agosto de 2009

Aspectos gerais e diagnóstico clinico laboratorial da intoxicação por paraquat

Gabriela Cristina Schmitt1; Clóvis Paniz1;

Denise Grotto1; Juliana Valentini1; Karen Lilian Schott1;
Valdeci Juarez Pomblum2; Solange Cristina Garcia3


Resumo

O paraquat, herbicida amplamente utilizado na agricultura, é um produto perigoso, pois pode causar intoxicações fatais, principalmente pela falta de antídoto eficaz para reversão do quadro clínico. Fisiopatologia: Os efeitos toxicológicos são decorrentes da indução ao estresse oxidativo. O órgão-alvo principal é o pulmão, que pode apresentar edema, hemorragia, inflamação intersticial e fibrose, culminando com falência respiratória grave e morte. Além disso, é nefrotóxico, hepatotóxico, miotóxico e neurotóxico. Tratamento: Além de visar a diminuição da absorção e estimular a excreção do paraquat absorvido, o tratamento da intoxicação atualmente é baseado em medidas que diminuam o estresse oxidativo utilizando substâncias antioxidantes e, conseqüentemente, revertam o quadro toxicológico instalado, especialmente o pulmonar. Métodos diagnósticos: Entre as metodologias quantitativas disponíveis, os métodos cromatográficos são os mais relatados para materiais biológicos. Porém, a eletroforese capilar e os imunoensaios podem ser utilizados. Os imunoensaios destacam-se pela praticidade laboratorial, pois os cromatográficos e eletroforéticos não são encontrados comumente em laboratórios hospitalares. Por outro lado, uma reação simples e rápida de caracterização urinária com ditionito de sódio é muito realizada, pois é preditiva na suspeita de intoxicações agudas. Conclusão: Diante do alto potencial de morbimortalidade nas intoxicações por paraquat, a reversão dos danos pulmonares com uso de antioxidantes vem sendo muito estudada, porém não há o estabelecimento de um antídoto específico. No diagnóstico laboratorial, métodos cromatográficos, eletroforéticos e imunológicos são usados para quantificá-lo, contudo a reação
urinária com ditionito ainda é valiosa na rotina da toxicologia clínica.
____________________________________________________
1. Farmacêuticos-bioquímicos do Laboratório de Toxicologia (LATOX), Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
2. Professor-doutor em Medicina, Departamento de Clínica Médica da UFSM.
3. Professora-doutora em Farmácia, Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da UFSM


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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ações de comunicação na temática das plantas transgênicas e da biossegurança

O Portal da Cidadania apresenta em sua página instrumentos de instrução sobre plantas transgênicas e biossegurança que serve tanto para professores como para a população em geral.

Veja as informações no Portal da Cidadania

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Rede de Supermercado aposta na rastreabilidade de produtos agrícolas

Quando da criação do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos - PARA, tive a oportunidade de participar dos debates promovidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA em todo o processo de criação do programa. Dentre os debates um dos que mais perdurou foi: onde realizar as coletas de alimentos? Venceu a proposta de que os mesmos deveriam ser coletados em Supermercados por serem os mesmos interlocutores privilegiados dentro da cadeia produtiva e, terem uma capacidade de resposta maior que às Centrais de Abastecimento - CEASAS, onde a inteferencia e pressões com outros interesses poderiam ser maiores.

Depois de nove anos de existência, caminhando com pés no chão e, diga-se, não sem dificuldades, em especial na questão laboratórios para a realização de análises, o programa se consolida como instrumento de Proteção da Saúde da população, cumprindo com um dos objetivos da Lei 8080/90 que instituiu o Sistema ùnico de Saúde no país.

O PARA
dá um salto de qualidade quando uma rede de supermercado resolve realizar ações em conjunto com agricultores para garantir a qualidade dos alimentos com rastreabilidade da produção agrícola à comercialização nas gondolas, entretanto, é desnecessária a parceria do Grupo Pão de Açúcar com a Associação Nacional de Defesa Vegetal, já que a mesma congrega as multinacionais dos venenos, interessada somente na venda dos mesmo.

Na matéria escrita pela Jornalista Núria Saldanha, São Paulo, hoje, 04 de agosto de 2009, somos informados de que:

"Rede de supermercados lança projeto de rastreabilidade de hortifrutigranjeiros"

O Grupo Pão de Açúcar está lançando um projeto de rastreabilidade de hortifrutigranjeiros em parceria com produtores rurais. A empresa investiu R$ 3 milhões para garantir a sustentabilidade dos produtos in natura e criou um site com informações de frutas, legumes e verduras, desde o campo até as lojas.

Os talhões das bananeiras são localizados por GPS, e os tratos culturais realizados todos os dias na propridade do seu Carlos Fava são anotados em uma caderneta de campo. A fazenda de 60 hectares de banana localizada no Vale do Ribeira, em São Paulo, integra um projeto lançado nesta segunda, dia 3, pelo grupo Pão de Açúcar. Um grande volume de nformações sobre produtos agrícolas foi reunido em um site que a rede de supermercados criou em parceria com agricultores, em um programa de rastreabilidade que disponibiliza aos consumidores dados sobre o que estão comprando.

– O objetivo é promover a qualidade e criar identidade de um produto que não dispunha. A cada notícia sobre agrotóxicos a gente sente aqui no varejo como as coisas mudam... é qualidade de consumo – afirma Leonardo Myao, diretor comercial de frutas, legumes e verduras.

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Empresa Bayer informa que retirará endossulfan do mercado argentino.

O jornalista Dario Arruda do Jornal Argentino Pagina 12, informa que a Empresa Bayer irá retirar o veneneo endossulfan do mercado argentino até o final deste ano.

O endosulfan é um agrotóxico muito questionado há década por seus malefícios à saúde humana e ambiental, sendo que as empresas sempre defenderam e negaram qualquer efeito danoso, menosprezando os alertas de organizações sociais.
Na Argentina o veneno está autorizado para uso na soja, algodão, milho, girasol e fumo, dentre outros cultivos.

Aqui no Brasil está autorizado para as culturas do algodão, cacau. café, cana-de-açúcar e soja.

Lei mais no Jornal Pagina 12 (em espanhol)

domingo, 2 de agosto de 2009

Se o almoço não é grátis, verifique se não somos nós que estamos pagando esta conta.

Com um artigo muito bem postado em seu propósito informativo, o professor Wilson da Costa Bueno analisa o papel da imprensa no jornalismo de saúde e os interesses das multinacionais dos medicamentos, dos transgênicos e dos agrotóxicos.

"Vamos com calma com o Tamiflu, com os agrotóxicos (veneno mesmo), com os transgênicos (o problema não se resume à tecnologia mas inclui espírito predador dos monopólios das sementes), com as empresas de medicina de grupo, os planos de saúde. Se o almoço não é grátis, verifique se não somos nós que estamos pagando esta conta."

Leia toda a matéria

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Perguntas sobre a Gripe H1 N1 e a suspensão das aulas no Paraná.

Apesar de ser favorável a suspensão das atividades onde ocorram agrupamentos da população em momentos como o que estamos vivendo com a Gripe H1 N1, sou consciente, também, de problemas que acabam por prejuicar toda a vida cotidiana das pessoas, em especial, aquelas relacionadas ao pão nosso de cada dia. No site Dr. Rafael Iatauro, estão postadas perguntas sobre esta questão.

A matéria vem com o seguinte título:

Os outros problemas da suspensão das aulas.

" -Com as escolas fechadas quem distribuirá o leite das crianças, 150.000 litros por dia?

- Há centenas de milhares de crianças que só comem por dia a merenda escolar, quem substituirá esse “reforço” alimentar.

- Pais de família pobres se organizam em função dessa segurança e tempo que seus filhos dedicam à escola, e trabalham nesse período, catando papel, na construção civil, como diaristas etc. Voltando as crianças para casa, com quem ficarão?

- Quem pode socorrer com mais propriedade, uma escola publica, ou uma família pobre, isolada em uma favela, sem telefone, sem dinheiro, ou numa longínqua localidade rural?

- Hoje, pelo final da tarde, já vi, grupos de crianças uniformizadas em bandos andando pelas ruas, elas estarão ou não mais protegidas nas escolas, ou em bandos nas ruas?"

Leia mais (http://www.rafaeliatauro.com.br/)


quarta-feira, 29 de julho de 2009

SBPC discutiu transgênicos em Manaus.

No site da AS-PTA com matéria postada no dia 17/07/2009 temos a informação de que na 61a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência foi debatido o tema ligado à ciência e ética na aprovação e uso de transgênicos.

"Os participantes também aprofundaram conceitos sobre as ciências da precaução e da agroecologia como contraponto ao reducionismo do enfoque da transgenia. A mesa foi coordenada por Paulo Kageyama, professor titular da Esalq/USP e membro da CTNBio, e contou com a participação de Rubens Nodari, professor titular da UFSC e de Gabriel B. Fernandes, agrônomo, assessor técnico da ONG AS-PTA."

No site da AS-PTA você poderá obter as palestras feitas pelos debatedores que estão a disponíveis para download.

AS-PTA: agricultura familiar e agroecologia.

Um chamado a reflexão.

A Empresa Monsanto tenta impedir distribuição de Cartilha Sobre Alimentos Orgânicos.

A informação está sendo veiculada na internet: Cartilha produzida pelo Ministério da Agricultura sobre agroecologia teve sua distribuição impedida.

A cartilha "O Olho do Consumidor", que conta com ilustrações de Ziraldo, foi lançada para divulgar a criação do "Selo do SISORG"(Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) que pretende padronizar, identificar e valorizar produtos orgânicos, orientando o consumidor. O livreto, que teve tiragem de 620 mil cópias, foi objeto de uma liminar de mandado de segurança, fruto de ação movida pela transnacional Monsanto, que impediu sua distribuição.

A proibição se deu por conta do item 5 da página 7, onde se lê: "O agricultor orgânico não cultiva transgênicos porque não quer colocar em risco a diversidade de variedades que existem na natureza. Transgênicos são plantas e animais onde o homem coloca genes tomados de outras espécies".

Verifiquei no site do Ministério da Agricultura e Pecuária se lá estava a publicação para que eu pudesse baixar a cartilha. O resultado é que a página responde com a seguinte mensagem:
Not Found
The requested URL /images/MAPA/arquivos_portal/ACS/cartilha_ziraldo.pdf, as not found on this server, ou seja, foi tirada do ar.

Não satisfeito com tamanho despropósito e atentado ao direto individual e coletivo, diga-se, garantido pela Constituição Federal, continuei minha busca. Consegui localizar a cartilha no site da Rede Brasileira de Agroecologia, que está a disposição para conhecimento.