quarta-feira, 30 de junho de 2010

Humanos transgênicos - chegaremos lá????


Do Globo Rural

Salmão transgênico pode ser aprovado para consumo por comissão americana

No site do Globo Rural consta a notícia de que a Administração de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) estuda a aprovação da venda do primeiro animal geneticamente modificado produzido para consumo alimentar humano: um salmão transgênico, que chega a alcançar o tamanho ideal para comercialização na metade do tempo utilizado normalmente.

Estamos exatamente na direção apontada por alguns cientistas da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, que na década de 70, depois do advento do primeiro experimento de engenharia genética, em 1973(inserção de gene de resistência a antibióticos em escherichia colli) alertavam para os perigos desta tecnologia. Um dos alertas foi a preocupação com o vazamento destes experimentos para às mãos da inciativa privada.

Diziam que provavelmente os primeiros experimentos seriam feitos na área da agricultura seguido de experimentos e comercialização de animais modificados.

Será que teremos em breve um novo Homo? Se sim poderíamos dar início as buscas de uma nova taxonomia, fica minha sugestão para que se materialize o Minotauro.

Leia a matéria no Globo Rural

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Repetidas exposições aos agrotóxicos aumenta o risco da doença de Alzheimer

A informação abaixo vem confirmar o que a anos insistimos em afirmar - que agrotóxicos estão relacionados com doenças como Alzheimer e Parkinson, veja o texto:

Repetidas exposições a agrotóxicos, tal como ocorre em relação em qualquer uso profissional, está associado com um risco aumentado para a doença de Alzheimer (AD), na velhice, segundo um estudo publicado na revista Neurology. Os pesquisadores usaram dados de estudo de memória e envelhecimento e encontraram associações entre a exposição ocupacional aos agrotóxicos, demência e Alzheimer.

Os organofosforados e organoclorados inibem a acetilcolinesterase em sinapses no sistema nervoso somático, autônomo e central e, portanto, pode ter efeitos duradouros sobre o sistema nervoso. Dos 3084 indivíduos sem demência no início do estudo, 572 relataram algum tipo de exposição a pesticidas. Os pesquisadores descobriram que 500 deles desenvolveram demência incidente, e destes, 344 tiveram um diagnóstico primário ou secundário da AD. Após o ajuste para a idade de referência (centrada em 65 anos de idade), educação e status, o estudo mostrou um risco aumentado de demência em pessoas expostas a qualquer pesticida.

Veja mais em Neurology 2010
Hayden KM, MC Norton, Darcey D, Østbye T, Zandi PP, JCS Breitner, et al.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Bulgária proíbe OGM em alimentos para crianças.

Enquanto aqui no Brasil nos debatemos com a questão da rotulagem dos transgênicos, apesar da obrigatoriedade, a ilegalidade continua farta e solta, seguindo a regra geral da impunidade.

Não bastasse os agrotóxicos autorizados segundo uma metodologia que deixa as crianças sob um risco incalculado, também ninguém se preocupa com a possibilidade de dano a saúde oriundo do uso de OGM em alimentos in natura ou processados, basta ler o rótulo do primeiro chocolate que estiver ao alcance de sua mão na gôndola do supermercado verificando na composição do produto apresença de lecitina de soja. Ora a maioria da soja hoje produzida no Brasil é transgênica, cadê a símbolo informando que é OGM.

A proibição de todos os produtos geneticamente modificados e ingredientes para a preparação de alimentos de crianças na Bulgária, foi proposta na quarta-feira numa alteração na Lei de Alimentos búlgaro.

O interessante é que a alteração foi proposta pelo Desislava Taneva, presidente da comissão parlamentar da Agricultura e Florestas, do partido GERB e dois outros deputados da extrema-direita "Blue Coalition".

Prevê uma proibição total sobre a distribuição e venda de produtos alimentares que contenham organismos geneticamente modificados (OGM) em creches, orfanatos, escolas e estabelecimentos comerciais.

Será permitida a venda somente se o produto estiver claramente identificado e em pontos de venda previamente estabelecidos e identificados também, tais como gôndolas, prateleiras, stands, etc.

Deverá ser exercido um controle rigoroso de todas as fases desde a produção e distribuição dos trangênicos, bem como de toda matéria prima e ingredientes dos alimentos, também deverá ser proibido a liberação de OGMs no meio ambiente, mantendo-os confinados aos laboratórios.

Para nosso imediatismo e descontrole interessado, podemos ficar tranqüilos que medidas que protejam a saúde pública e ambiental não serão tomadas como de importância. O que interessa agora é o momento do circo. O pão pode ser feito com qualquer porcaria.

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terça-feira, 8 de junho de 2010

Endossulfan - será que agora será proibido????

MP quer proibir no Brasil agrotóxico banido em 60 países

Usado em culturas de café e cana, endosulfam é acusado de causar câncer e problema endócrino

Lígia Formenti - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA

O Ministério Público Federal vai ingressar na segunda-feira com uma ação civil pública para proibir o uso do agrotóxico endossulfam no Brasil. O produto, altamente tóxico, já foi banido em 60 países e é considerado pela própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como nocivo à saúde. Mesmo assim, continua sendo usado na lavoura.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que o Brasil importou 1,84 milhões de quilos de endossulfam em 2008. No ano passado, o número saltou para 2,37 milhões de quilos.

Na edição de domingo, o Estado publicou reportagem mostrando que o País havia se transformado no principal destino de agrotóxicos proibidos em outros países.

A ação, que será proposta com pedido de liminar, requer a suspensão de informes de avaliação toxicológica do agrotóxico pela Anvisa. Medida que, se concedida, impedirá a comercialização do produto no País.

"Não há razão para tanta demora na adoção de ações que garantam o fim do uso do produto no País", argumenta o procurador da República Carlos Henrique Martins Lima.

A ação pede que a agência não conceda novos informes para produtos que levem o endossulfam, usado principalmente nas plantações de cacau, café, cana-de-açúcar e soja. Em caso de descumprimento, o MP pede fixação de multa diária de R$ 15 mil, revertida para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Prejuízos à saúde. Associado ao aparecimento de câncer e a distúrbios hormonais, o endossulfam integra uma lista de 14 agrotóxicos submetidos a uma reavaliação do governo brasileiro por suspeita de serem prejudiciais à saúde. O processo, indispensável para retirada do produto do País, começou em 2008 mas, até agora, só um agrotóxico teve o destino definido. Para ser concluída, a reavaliação precisa ser analisada pela Anvisa, Ministério da Agricultura e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.

Lima garante ser dispensável a avaliação de toda a comissão. "A Anvisa tem como atribuição fazer vigilância sanitária. Se a agência conclui que produto é prejudicial à saúde não é preciso esperar o aval dos demais integrantes da comissão."

terça-feira, 1 de junho de 2010

Consumo de agrotóxicos no Paraná é quatro vezes maior que a média nacional.

O último dado postado no blog de consumo de agrotóxicos no Estado do Paraná foi o relativo ao ano de 2008, com um total aproximado de 100 milhões de kilos/litro, para uma área total de 196.000 km2 o que perfazia um total de 510 kilos/litro de veneno por km2.

Agora o Intituto Paranaense de Desenolvimento Econômico e Social, divulgou notícia dia 27 de maio, em matéria intitulada: Paraná estabiliza perda de mata nativa e avança em gestão ambiental, demonstra que: "O Paraná utiliza 12Kg de agrotóxico por hectare ao ano, enquanto a média brasileira de consumo é um terço menor, de 4Kg/ha/ano. Os agrotóxicos utilizados no estado são considerados muito perigosos e perigosos, numa classificação que vai de pouco a altamente perigoso. Destes agrotóxicos, 60% são herbicidas. As regiões que mais consomem são a de Cascavel (23kg/ha/ano), Londrina (21 kg/ha/ano) e Ponta Grossa (20 kg/ha/ano). Nestas regiões, há também o uso de agrotóxico com o máximo nível de periculosidade".

Fazendo as contas, se o consumo é de 12 kg/ha isto significa um total de 1200 Kg/Km2, perfazendo um total de 235.200.000 quilos de veneno utilizados em 196.000 Km2, que é a área total do Estado do Paraná.

Ora, 1200 quilos de veneno por quilometro quadrado, com certeza extrapola, não só a média nacional de consumo mas, também, todos os Limites Máximos de Resíduos autorizados pela ANVISA.

Esta situação é completamente insustentável, remetendo a urgência de que medidas de restrições e controle sejam tomadas, já que estamos imersos em veneno. Há de se avaliar, também, todas as externalidades de nossa produção agropecuária e seus impactos ambientais e na saúde pública.

Esta semana considerada como SEMANA DO MEIO AMBIENTE devemos refletir de qual ambiente estamos falando e, mais, na 1º Conferência Nacional de Saúde Ambiental, realizada ano passado, o Estado do Paraná se destacou no cenário nacional por estar a frente da chamada intersetorialidade e transversalidade das ações neste área. É obrigatório então, que os pressupostos da Conferência sejam de fato assumidos pelas várias instâncias governamentasis e pela sociedade como um todo para que possamos proteger a saúde humana e ambiental em nosso território.

Produzir sim mas com sustentatibilidade não só nos discursos de momento.

Veja matéria do IPARDES