terça-feira, 1 de junho de 2010

Consumo de agrotóxicos no Paraná é quatro vezes maior que a média nacional.

O último dado postado no blog de consumo de agrotóxicos no Estado do Paraná foi o relativo ao ano de 2008, com um total aproximado de 100 milhões de kilos/litro, para uma área total de 196.000 km2 o que perfazia um total de 510 kilos/litro de veneno por km2.

Agora o Intituto Paranaense de Desenolvimento Econômico e Social, divulgou notícia dia 27 de maio, em matéria intitulada: Paraná estabiliza perda de mata nativa e avança em gestão ambiental, demonstra que: "O Paraná utiliza 12Kg de agrotóxico por hectare ao ano, enquanto a média brasileira de consumo é um terço menor, de 4Kg/ha/ano. Os agrotóxicos utilizados no estado são considerados muito perigosos e perigosos, numa classificação que vai de pouco a altamente perigoso. Destes agrotóxicos, 60% são herbicidas. As regiões que mais consomem são a de Cascavel (23kg/ha/ano), Londrina (21 kg/ha/ano) e Ponta Grossa (20 kg/ha/ano). Nestas regiões, há também o uso de agrotóxico com o máximo nível de periculosidade".

Fazendo as contas, se o consumo é de 12 kg/ha isto significa um total de 1200 Kg/Km2, perfazendo um total de 235.200.000 quilos de veneno utilizados em 196.000 Km2, que é a área total do Estado do Paraná.

Ora, 1200 quilos de veneno por quilometro quadrado, com certeza extrapola, não só a média nacional de consumo mas, também, todos os Limites Máximos de Resíduos autorizados pela ANVISA.

Esta situação é completamente insustentável, remetendo a urgência de que medidas de restrições e controle sejam tomadas, já que estamos imersos em veneno. Há de se avaliar, também, todas as externalidades de nossa produção agropecuária e seus impactos ambientais e na saúde pública.

Esta semana considerada como SEMANA DO MEIO AMBIENTE devemos refletir de qual ambiente estamos falando e, mais, na 1º Conferência Nacional de Saúde Ambiental, realizada ano passado, o Estado do Paraná se destacou no cenário nacional por estar a frente da chamada intersetorialidade e transversalidade das ações neste área. É obrigatório então, que os pressupostos da Conferência sejam de fato assumidos pelas várias instâncias governamentasis e pela sociedade como um todo para que possamos proteger a saúde humana e ambiental em nosso território.

Produzir sim mas com sustentatibilidade não só nos discursos de momento.

Veja matéria do IPARDES

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