quinta-feira, 26 de abril de 2012

A VISA AVISA - AGROTÓXICO MATA

Estou toda essa semana aqui em Maceió por conta da Primeira Reunião do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos - PARA, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária onde todos os laboratórios do programa e todas as Vigilâncias Sanitárias - VISAS do país aqui se encontram discutindo as questões relacionadas ao desenvolvimento programa.

Hoje, depois de todas as apresentações dos grupos de trabalho fomos surpreendidos com as colegas da Visa de Sergipe que apresentou e cantou a letra de música ao ritmo da canção do Michel Teló, aquela ai, ai, se eu te pego. 

Com criatividade e para uso em escolas rurais de Sergipe, a letra que transcreverei abaixo é de autoria da Zuleide da C. Santos Lima e Denilde Santos de Andrade, senão vejamos:

A VISA AVISA AGROTÓXICO MATA

Refrão

Nossa, nossa, agrotóxico mata
Se ele te pega sua vida não tem graça
Desista, desista, assim ele te mata
Ai se ele te pega, ai, ai se ele te pega

A vigilância sanitária 
Chegou pra te alertar a, a, a, 
A não usar agrotóxico
Pra ele não te matar a, a, a

Nossa, nossa, agrotóxico mata
Se ele te pega sua vida se desgraça
Desista, desista, assim ele te mata
Ai se ele te pega, ai, ai, ai se te pega

Pra quem acha dificil
É só prestar atenção, 
Aos primeiros sinais 
Que aparecerão, 

Dor de cabeça, tonturas, 
Náuseas, falta de motivação, 
Leve ao posto de saúde
Não perca tempo não, 

Nossa, nossa, agrotóxico mata
Se ele te pega sua vida se desgraça
Desista, desista, assim ele te mata
Ai se ele te pega, ai, ai, ai se te pega

Se pensa que é só isso,
Você não se engane não
Causa também impotência


Nossa, nossa, agrotóxico mata
Se ele te pega sua vida se desgraça
Desista, desista, assim ele te mata
Ai se ele te pega, ai, ai, ai se te pega

Agora preste atenção
Consulte sempre um agrônomo
Pra orientar na prevenção


Nossa, nossa, agrotóxico mata
Se ele te pega sua vida se desgraça
Desista, desista, assim ele te mata
Ai se ele te pega, ai, ai, ai se te pega

O uso do agrotóxico
Em sua plantação
Tem que ser com EPIs
Sem eles não dá, regue não


Nossa, nossa, agrotóxico mata
Se ele te pega sua vida se desgraça
Desista, desista, assim ele te mata
Ai se ele te pega, ai, ai, ai se te pega

A vigilância sanitária
Chegou pra te alertar, a, a, a
Com a consciência ecológica
Sua saúde vai melhorar


Nossa, nossa, agrotóxico mata
Se ele te pega sua vida se desgraça
Desista, desista, assim ele te mata
Ai se ele te pega, ai, ai, ai se te pega


Filmei a turma cantando vou editar o vídeo e postar outro dia.









    

Multinacional de agrotóxicos altera fórmula sem autorização e culpa Anvisa | Carta Capital

Mensagens internas de uma multinacional norte-americana do setor do agronegócio indicam uma trama de violações à legislação brasileira que poderiam resultar em complicações à saúde da população e ao meio ambiente, além de uma conspiração contra o governo.
CartaCapital teve acesso exclusivo a emails da empresa Dow AgroSciences, a quinta maior indústria de agrotóxicos do mundo, nos quais a companhia admite ter feito alterações não autorizadas em diversos herbicidas em suas duas fábricas no Brasil – em Franco da Rocha e Jacareí, em São Paulo. O documento também indica que ao saber de uma vistoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em suas instalações, a empresa montou uma estratégia para culpar os órgãos regulatórios pelo ocorrido.

Leia a matéria na fonte.

Multinacional de agrotóxicos altera fórmula sem autorização e culpa Anvisa | Carta Capital

terça-feira, 24 de abril de 2012

Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos - PARA

Estou agora no anfiteatro do Hotel Jatiúca em Maceió - Alagoas,  local onde daqui a pouco acontecerá o incio dos trabalhos da Reunião Anual do PARA.
Depois da abertura oficial feita pelas autoridades da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e aqui dos Estado de Alagoas, prosseguiremos com palestras como:


Impactos das divulgações do PARA 2010
Luiz Cláudio Meirelles (GGTOX/ANVISA)

Qualidade da água de consumo quanto à presença de resíduos de agrotóxicos

- Palestrante: Mariely H. Barbosa Daniel (CGVAM/MS)
- Facilitador: Fabiane Resende Gomes

Avanços na Legislação de Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente (INC 001 de 2010)

Palestrante: José Nilton Carneiro de Lima (ANVISA/GGTOX)
Facilitador: Rodrigo Leite

Apresentação da semana dos orgânicos 2012

Virgínia Mendes Cipriano Lira (COAGRE/MAPA)
 Facilitador: Daniela Macedo

Monitoramento do mercado de agrotóxicos no Brasil

Victor Pelaez (Universidade Federal do Paraná)
Facilitador: Andrea Maria Andrade




Os demais trabalhos ocorrerão em reuniões de Coordenações de Amostragem e Administrativas de todos os estados do país que fazem parte do programa. 

Depois de 10 anos de existência realizando o monitoramento de alimentos e divulgando seus resultados no país o PARA se consolidou como um programa altamente técnico-científico de nível internacional estando pari passu com o PDP (Pesticide Date Program) Americano e o Programa Europeu. 

O desafio agora diz respeito a questão da rastreabilidade dos alimentos desde sua produção até o consumo para que quando amostras forem analisadas e resíduos encontrados fora das determinações legais possam as autoridades nacionais, estaduais e municipais tomarem as devidas medidas legais cabíveis.

Esperamos ter uma reunião profícua que possa trazer resultados concretos e factíveis para o bem da sociedade brasileira. 


domingo, 15 de abril de 2012

Efeito danoso de inseticidas na vida de abelhas é comprovado

06/04/2012 - 09h30

RICARDO BONALUME NETO

DE SÃO PAULO


Abelhas e suas primas próximas, as mamangabas, estão sendo afetadas por inseticidas usados para proteger culturas agrícolas de modos só agora descobertos.
Pesticidas pelo jeito não matam apenas pestes. O declínio de populações de abelhas, essenciais para a polinização de plantas, é um fenômeno que se suspeitava ser causado por eles. E agora dois estudos independentes publicados recentemente na revista "Science" demonstraram causa e efeito.
Os inseticidas para uso agrícola conhecidos como neonicotinoides começaram a ser usados no começo da década de 1990 e hoje são extremamente populares.
Um dos estudos, pela equipe de Penelope Whitehorn, da Universidade de Stirling, Reino Unido, investigou o impacto de um desses pesticidas, o imidacloprid, em mamangabas da espécie Bombus terrestris.
Um dos coautores do estudo, Dave Goulson, lembra que várias espécies de mamangabas se tornaram extintas em anos recentes nos EUA e no Reino Unido.
Divulgação
Estudo mostra que colônias expostas à pesticida são menores e têm menos rainhas
Estudo mostra que colônias expostas à pesticida são menores e têm menos rainhas
















Depois de receberem doses não letais do pesticida, os insetos foram colocados em um lugar onde poderiam agir em condições naturais por seis semanas.
No final do experimento, as colônias de mamangabas que foram expostas ao pesticida eram em média entre 8% a 12% menores do que outras estudadas ao mesmo tempo sem o inseticida.
E ainda mais grave: as colônias expostas ao pesticida produziram 85% menos rainhas, essenciais para a reprodução de novas colônias.
Já uma equipe na França liderada por Mickaël Henry, do Instituto Francês de Pesquisa Agrícola em Avignon, usou um enfoque mais tecnológico: abelhas receberam minúsculos equipamentos de identificação por rádio grudados no tórax e tiveram seus movimentos minuciosamente detalhados.
Algumas delas receberam uma pequena dose de outro pesticida, o thiamethoxam.
As abelhas que receberam o pesticida morreram bem mais; as chances de não voltarem à colônia depois de saírem em busca de pólen eram de duas a três vezes maiores, pois com quase certeza o thiamethoxam interferiu na sua capacidade de navegação.
Abelhas e mamangabas são importantes para a polinização de culturas agrícolas, como árvores frutíferas. Que um pesticida usado para proteger um setor da agricultura afete outro é uma curiosa ironia, além de um grave problema potencial.


sábado, 14 de abril de 2012

Reunião orienta setor produtivo sobre registro de agrotóxicos por equivalência

5 de outubro de 2011
Representantes dos órgãos de governo responsáveis pelo registro de agrotóxicos no Brasil se reúnem, nesta quarta-feira (5/10) em Brasília (DF), com fabricantes desses produtos para esclarecer questões relativas ao registro de agrotóxicos por equivalência.  O objetivo do encontro é orientar as empresas quanto aos requisitos que são exigidos pelo Governo Federal para que os produtos sejam registrados por equivalência de forma que os processos estejam melhores instruídos e se obtenha maior agilidade nos procedimentos de avaliação.
Os agrotóxicos equivalentes, são produtos elaborados com princípios ativos de agrotóxicos que já existem nos mercado. “Atualmente , 94% dos pleitos de registro de agrotóxicos por equivalência  sofrem algum tipo de exigência e são devolvidos para que as empresas realizem ajustes”, afirma o gerente geral de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Luiz Cláudio Meirelles.  Com essa reunião, o gerente da Anvisa, espera que os pedidos de registro cheguem melhor fundamentados para análise, o que irá diminuir o tempo de análise.
Levantamento feito pela Agência aponta que o tempo médio de análise para um registro de agrotóxico por equivalência é de 13 meses. A Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura já encaminharam, no final do mês passado, ofício para as empresas apontando os principais pontos que chegam com algum tipo de deficiência para análise do registro. Agora, as empresas terão 30 dias para informarem à Agência sobre os processos que estão aguardando análise e que possuem essas deficiências.
Os pedidos de registro que apresentarem as deficiências apontadas pela Anvisa no ofício durante o processo de análise serão indeferidos.Confira aquio ofício encaminhado pelos três órgãos de governo para as empresas de agrotóxicos e a apresentação da avaliação.
Registro
No Brasil, o registro de agrotóxicos é realizado pelo Ministério da Agricultura, órgão que analisa a eficácia agronômica desses produtos. Porém, a anuência da Anvisa e do Ibama é requisito obrigatório para que o agrotóxico seja registrado.
A Anvisa realiza avaliação toxicologia dos produtos quanto ao impacto na saúde da população. Já o Ibama observa os riscos que essas substâncias oferecem ao meio ambiente.
Danilo Molina - Imprensa/Anvisa