O Portal Latino Americano da Agência ANSA informa que organizações de camponeses e indígenas chilenos acusam a empresa Monsanto de promover um projeto de lei no Congresso que busca, segundo as entidades locais, a privatização das sementes nativas.
A Monsanto, que detém 90% da produção global de transgênicos e que, no Chile, reproduz sementes transgênicas de milho e soja para exportação, é acusada pelas organizações de estar por trás do projeto de lei enviado pelo governo.
Junto à Rede de Ação em Praguicidas e suas Alternativas para a América Latina (Rapal), a comunidade local conseguiu adiar a aprovação dos artigos 46, 47 e 48 da nova lei chilena, que é analisada pela Comissão de Agricultura da Câmara Baixa.
O artigo 48 -- que será analisado na terça-feira -- legaliza o fim dos direitos dos agricultores sobre o produto total da colheita.
As organizações, que acusam a medida de ser prejudicial à biodiversidade e de abrir o país aos transgênicos, também recordam que em fevereiro de 2008 foi aprovado um projeto semelhante na Costa Rica.
Contudo, o agricultor costa-riquenho não perdeu todos os seus direitos. Já no Chile, a norma abriria caminho para que "as plantações fossem apropriadas por uma transnacional ou uma outra empresa".
Para Guillermo Riveros, presidente da Associação de Agricultores Orgânicos de BioBio, "estes artigos implicam a introdução dos cultivos transgênicos". "Não sabemos onde estão os cultivos de sementes orgânicas de exportação e demonstra-se que não é possível a co-existência entre transgênicos e cultivos orgânicos. É o futuro da agricultura orgânica que está em jogo", completou.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Monsanto promove projeto de lei que privatiza sementes nativas.
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