Publicado em 11/03/2011, 13:35
Última atualização às 13:51
ONU vê morte de abelhas por agrotóxico como risco para alimentação
Estudo alerta para redução de 30% na população de abelhas nos Estados Unidos.
São Paulo – O Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) advertiu, nesta sexta-feira (4), que a morte massiva de abelhas por conta do uso indiscriminado de agrotóxicos terá efeito sobre a produção de alimentos.
Um estudo indica que estes insetos são os mais afetados pelo crescimento da aplicação de defensivos agrícolas em todo o mundo. O problema é que as abelhas são fundamentais para a polinização das flores, o que permite a fecundação para a produção de alimentos, que poderá sofrer uma redução caso não sejam tomadas medidas preventivas.
De acordo com o PNUMA, as colônias desse tipo de inseto diminuíram 30% nos Estados Unidos, ao passo que, na Europa, a perda da população apícola está em torno de 20%.
“Carecemos de conhecimentos básicos comparados com os dados que se tem sobre as enfermidades das vacas. Estamos começando quase do zero em um tema que nunca havia sido levado a sério”, advertiu Peter Neumann, pesquisador do Centro de Investigação Swiss Bee e um dos autores do estudo.
2 comentários:
Existem vários estudos no Brasil apontando para situação semelhante a esta que agora a ONU se mostra preocupada. Um veneno para ser autorizado deve passar por avaliações toxicológicas e ecotoxicológicas. As ecotoxicológicas são realizadas pelo IBAMA. Sendo assim, a palavra fica com eles para que se expliquem.
Aqui no Estado de São Paulo, na região produtora da laranjas a situação é crítica. Citricultores "tentam" controlar o vetor do Greening, que é uma cigarrinha e aplicam inseticidas indiscriminadamente até em cima das floradas. Vários apicultores já perderam centenas de colméias na região de Porto Ferreira.
O mistério que dizem "sumiço das Abelhas", na verdade não existe. Aqui é crime ambiental.
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