Dayanne do Nascimento
Publicado em 26 de Outubro de 2012, às 07h50
Integrando a 1ª Semana Estadual de Saúde e Segurança no Trabalho, as regionais das secretarias estaduais do Trabalho e da Saúde de Pato Branco, promoveram na manhã desta quinta-feira (25), uma palestra com o sanitarista da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), Alfredo Benatto.
Ele apresentou a palestra sobre “O uso de agrotóxicos e a saúde humana”, onde trouxe à tona os danos causados à saúde humana, pelo uso dos defensivos agrícolas. Em sua fala, Benatto apresentou as principais empresas que dominam o mercado de agrotóxico e o quanto o sistema agrícola brasileiro é dependente dos defensivos para ter rentabilidade. “Hoje os produtores tem uma grande dependência econômica à essa tecnologia, apesar dela ser extramente impactante para toda a sociedade”, comentou.
De acordo com ele, os riscos do contato com os defensivos agrícolas vão desde uma intoxicação alimentar leve, em que as pessoas geralmente confundem e acham que o mal estar foi causado por alguma outra coisa, que não o agrotóxico, à doenças mais graves, como o próprio câncer de mama.
O profissional defende também, que as equipes médicas não estão preparadas para identificar nas pessoas, as consequências causadas pelos agrotóxicos. “Os médicos não tem qualificação suficiente em toxicologia, até porque eles não recebem um treinamento na universidade de forma mais aprofundada e então tem dificuldade para fazer o diagnóstico”, comentou.
Paraná
Outro dado que o profissional apresentou, é que o Brasil é um dos maiores países do mundo a consumir defensivos agrícolas e o Paraná, no ranking nacional, está como o terceiro, entre os estados que mais utiliza esses produtos em suas lavouras. “A média nacional de consumo de defensivos é de 5 kg por habitante, a nossa aqui no Paraná é de 12 kg por habitante. É como se a gente estivesse comendo 12 kg de veneno por ano”, afirmou.
Segundo Benatto, a única maneira de transformar essa realidade seria mudar o modelo agrícola brasileiro, conscientizar a população que o melhor caminho é o da agroecologia, a qual ajudaria a preservar a saúde ambiental e a das pessoas.
Estive no dia 24 de outubro em Francisco Beltrão na Unioeste onde fiz, também, uma palestra que está postada na página da Assessoar com o seguinte título:
Estive no dia 24 de outubro em Francisco Beltrão na Unioeste onde fiz, também, uma palestra que está postada na página da Assessoar com o seguinte título:
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