Eliana da Silva Scucato, Engenheira Agrônoma da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, em sua Monografia de Especialização do Curso de Vigilância em Saúde apresentada, em 2008, à Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz do Ministério da Saúde, descreve a situação dos resíduos de agrotóxicos detectados em nove alimentos: alface, banana, batata, cenoura, laranja, maçã, mamão, morango e tomate, comercializados em supermercados da cidade de Curitiba, demonstrando que das 584 amostras analisadas, 105 (18,0%) foram consideradas insatisfatórias, pois continham resíduos acima dos limites máximos estabelecidos e/ou continham resíduos não autorizados para uso na produção de algum dos alimentos.
Destaca que o morango, a alface, o tomate e o mamão, como sendo os alimentos que mais apresentaram amostras insatisfatórias em relação ao número de amostras analisadas para cada alimento individualmente, respectivamente, 66,7%, 26,8%, 17,6% e 11,8%. Para as demais culturas agrícolas os dados demonstram que a maçã teve 8,2% de amostras insatisfatórias, a laranja 7,1% e a cenoura 5,5%.
Que os alimentos que menos apresentaram amostras insatisfatórias foram a batata com 2,7% e a banana, com 3,7%.
Quanto à questão da rastreabilidade dos produtos informa que das 148 amostras em que foi possível identificar os produtores rurais, 56,1% eram procedentes de produtores do Estado do Paraná, 28,4% de São Paulo e 11,5% de Santa Catarina, para a Bahia e Rio de Janeiro, a rastreabilidade foi de apenas 2,0%.
Conclui que os resultados demonstram a necessidade de:
· aumentar o quantitativo de amostras coletadas e de princípios ativos analisados pelo programa;
· melhorar de forma efetiva a assistência técnica no país, tanto a pública como a privada;
· investir nos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização do comércio e do uso de agrotóxicos no país;
· melhorar a rastreabilidade até o produtor rural e estimular a agricultura orgânica no país.
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