segunda-feira, 29 de junho de 2009

Gripe suina

Neste momento em que estamos vivendo uma epidemia de gripe chamada popularmente de gripe suina ou gripe A, devemos nos manter alertas, pois qualquer gripe pode confundir. Sendo assim, as pessoas que tenham dúvidas, devem procurar uma Unidade de Saúde de seu município para obter informações e relatar seu caso de gripe, se for o caso.

A Folha de São Paulo, publicou dia 27 de abril, informações sobre a gripe H1N1 tais como: o que é? Como se transmite? Quais são os sinomas? Etc.

Veja diretamente na Folha de São Paulo.

Infomações sobrea a influenza H1 N1 podem ser obtidas diretamente no site do Ministério da Saúde no espaço reservado a perguntas e respostas e, também, na Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

O glifosato estimula a morte de células de embriões humanos

O Portal EcoDebate, em matéria postada dia 25 de junho de 2009, informa que o pesquisador Gilles-Eric Seralini, referência europeia no estudo de agrotóxicos, confirmou os efeitos letais do glifosato em células humanas de embriões, placenta e cordão umbilical. Alertou sobre as consequências sanitárias e ambientais, e exigiu a realização de estudos públicos sobre transgênicos e agrotóxicos. Quando publicou suas pesquisas, recebeu críticas e desaprovações.

A reportagem é de Darío Aranda, publicada no jornal Página/12, 21-06-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Gilles-Eric Seralini é especialista em biologia molecular, professor da Universidade de Caen (França) e diretor do Comitê de Pesquisa e Informação sobre Engenharia Genética (Criigen). E se transformou em uma dor de cabeça para as empresas de agronegócio e para os resolutos defensores dos transgênicos. Em 2005, descobriu que algumas células da placenta humana são muito sensíveis ao herbicida Roundup (da empresa Monsanto), inclusive em doses muito inferiores às utilizadas na agricultura. Apesar de seu abundante currículo, foi duramente questionado pelas empresas do setor, desqualificado pelos meios de comunicação e acusado de “militante verde”, entendido como fundamentalismo ecológico.

Leia mai no Portal EcoDebate

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Maravilhas da Natureza - História da Terra

Maravilhas  da Natureza - A História do Mundo
Maravilhas da Natureza - A História da Terra

Agrotóxicos à base de cihexatina serão banidos do Brasil

Depois de muita batalha jurídica entre as indústrias produtoras de agrotóxicos e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, encontra-se no site da Agência a noticia que os agrotóxicos a base da substância ativa cihexatina serão retirados do mercado brasileiro até novembro de 2011.

A cihexatina é utilizada na fabricação de sete agrotóxicos, registrados principalmente para a citricultura.

A decisão da ANVISA levou em consideração os estudos em laboratório com ratos, coelhos e camundongos mostram graves riscos à saúde. Os principais efeitos da cihexatina são malformações fetais, em especial a hidrocefalia. As experiências provaram ainda risco de aborto, efeitos sobre o sistema reprodutivo, danos à pele, pulmões, visão, fígado e rins, entre outros. As doses em que apareceram esses efeitos nos animais sugerem que a cihexatina não é segura para os trabalhadores rurais, consumidores das culturas tratadas e população em geral.

Vamos agora aguardar a proibição do endossulfan, do dicofol, do paraquat, dentre tantos que já deveriam ter sido banidos.

Leia mais no site da ANVISA

Pálido ponto azul - Carl Sagan

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Agrotóxicos em água para consumo humano

As pesquisadoras Maria de Lourdes Fernandes Neto, Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutoranda em Saúde Pública e Meio Ambiente pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz) e; Paula de Novaes Sarcinelli, Mestre em Farmacocinética e Metabolismo de Medicamentos pela Université de Paris XI (Paris-Sud), U.P. XI, França. Doutora em Biologia Celular e Molecular pela Fiocruz no artigo intitulado - Agrotóxicos em água para consumo humano: uma abordagem de avaliação de risco e contribuição o processo de atualização da legislação brasileira – discutem que o uso intensivo de agrotóxicos no país tem suscitado a preocupação de profissionais de diversos setores face aos riscos potenciais que essas substâncias trazem ao ambiente e aos seres humanos.

O artigo refere-se a questão da água para consumo humano levantando a hipótese de que esta pode ser uma importante fonte de exposição.

O objetivo do artigo é apresentar e discutir aspectos vinculados à atualidade do padrão de potabilidade brasileiro com relação à necessidade de inserção de mais agrotóxicos já que o padrão nacional de potabilidade da água é regulamentado pela Portaria do Ministério da Saúde nº 518/2004, contemplando somente 22 agrotóxicos.

Segundo as autoras os estudos, citados neste trabalho, sobre a presença de agrotóxicos em águas destinadas ao consumo humano, reforçam a assertiva de que o processo de revisão da legislação nacional contemple uma avaliação criteriosa que inclua, dentre outros, o diagnóstico dos princípios ativos mais utilizados e o perfil de uso dessas substâncias, pois podem ter seu uso centralizado em culturas e regiões específicas.

O trabalho em sua conclusão propõe a revisão da atual portaria que define o padrão de potabilidade da agua de consumo humano pelo Ministério da Saúde.

Leia o artigo em Scielo Brasil

Transição agroecológica na região metropolitana de Curitiba

Paulo Henrique Mayer analisa a transição agroecológica na região metropolitana de Curitiba onde discute que a grave crise socioambiental tem sido responsável pela inviabilização econômica e social de um número crescente de unidades produtivas familiares.

"Em grandes traços, essa crise pode ser caracterizada pela combinação do empobrecimento da numerosa agricultura familiar da região, resultante da insustentabilidade econômica e ambiental de seus agroecossistemas, com processos de concentração de renda e terra engendrados pela expansão de atividades empresariais dos ramos da mineração e do reflorestamento homogêneo".


Leia mais


*Paulo Henrique Mayer:
engenheiro agrônomo, membro da equipe da Associação para o

Desenvolvimento da Agroecologia (Aopa), sócio-fundador da

Rede Ecovida de Agroecologia e doutorando
em meio ambiente e desenvolvimento da UFPR
pauloaopa@terra.com.br

terça-feira, 16 de junho de 2009

Estudo do perfil dos resíduos de Agrotóxicos no Paraná de 2002 a 2007

Eliana da Silva Scucato, Engenheira Agrônoma da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, em sua Monografia de Especialização do Curso de Vigilância em Saúde apresentada, em 2008, à Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz do Ministério da Saúde, descreve a situação dos resíduos de agrotóxicos detectados em nove alimentos: alface, banana, batata, cenoura, laranja, maçã, mamão, morango e tomate, comercializados em supermercados da cidade de Curitiba, demonstrando que das 584 amostras analisadas, 105 (18,0%) foram consideradas insatisfatórias, pois continham resíduos acima dos limites máximos estabelecidos e/ou continham resíduos não autorizados para uso na produção de algum dos alimentos.

Destaca que o morango, a alface, o tomate e o mamão, como sendo os alimentos que mais apresentaram amostras insatisfatórias em relação ao número de amostras analisadas para cada alimento individualmente, respectivamente, 66,7%, 26,8%, 17,6% e 11,8%. Para as demais culturas agrícolas os dados demonstram que a maçã teve 8,2% de amostras insatisfatórias, a laranja 7,1% e a cenoura 5,5%.

Que os alimentos que menos apresentaram amostras insatisfatórias foram a batata com 2,7% e a banana, com 3,7%.

Quanto à questão da rastreabilidade dos produtos informa que das 148 amostras em que foi possível identificar os produtores rurais, 56,1% eram procedentes de produtores do Estado do Paraná, 28,4% de São Paulo e 11,5% de Santa Catarina, para a Bahia e Rio de Janeiro, a rastreabilidade foi de apenas 2,0%.

Conclui que os resultados demonstram a necessidade de:

· aumentar o quantitativo de amostras coletadas e de princípios ativos analisados pelo programa;

· melhorar de forma efetiva a assistência técnica no país, tanto a pública como a privada;

· investir nos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização do comércio e do uso de agrotóxicos no país;

· melhorar a rastreabilidade até o produtor rural e estimular a agricultura orgânica no país.

domingo, 14 de junho de 2009

Um pouco de poesia

Ricardo Reis

Uns

Uns, com os olhos postos no passado,

Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
o dia, porque és ele.

Leia mais Fernado Pessoa e os outros


sábado, 13 de junho de 2009

Das chaminés das fábricas a poluição invisível dos agrotóxicos

Com a matéria Agrotóxicos, a poluição invisível publicado no portal ambientebrasil, em 16 de outubro de 2006, a jornalista Márcia Pimenta traz diversas indagações sobre a questão dos resíduos de agrotóxicos em alimentos.


Para ela “a verdade é que mesmo os alimentos considerados dentro do padrão não podem ser considerados inócuos. Por isso, é importante esclarecer dois aspectos: como se chega ao limite máximo aceitável para a ingestão pelos seres humanos e porque determinados pesticidas estão proibidos para determinadas culturas.”


Leia mais no Portal Ambiente Brasil


Márcia Pimenta é jornalista com Especialização em Gestão Ambiental

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Voltando às dúvidas sobre cânceres e agrotóxicos

Com o título: Canceres hematologicos na região sul de Minas Gerais, a tese de doutorado de Jandira Maciel da Silva, defendida na Universidade de Estadual de Campinas - UNICAMP, sob orientação do Prof. Dr. Heleno Rodrigues Correia Filho, demonstra: associações positivas, com significância estatística, entre cânceres hematológicos e exposições ocupacionais que foram observadas, tanto para agrotóxicos (OR=3,471; IC95%=2,009-5,998), como também, para o grupo de solventes orgânicos, lubrificantes, combustíveis e tintas (OR=2,730; IC95%=1,503-4,960). Utilizando-se de regressão logística evidenciou-se associação mais forte para os agrotóxicos (OR=3,976; IC95%=2,266-6,976), diante dos solventes, combustíveis e lubrificantes (OR=2,539; IC95%=1,398-4,614) após o ajustamento para idade.

Trabalhos como este da Dra. Jandira trazem um pouco de luz na busca de tentar entender como se comportam estas substâncias tóxicas e sua relação com doenças crônicos degenerativas como são os cânceres.


O trabalho está disponível na Biblioteca Digital da Unicamp

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Planeta melhor ou filhos melhores?

A frase abaixo está circulando na internet, tanto via emails como em sites e blogs.

"Todo mundo pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos...Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para nosso planeta?"

terça-feira, 9 de junho de 2009

Levantem as mãos quem conhece quem tem ou teve câncer?

Colaborei, em 2003, na criação e implantação do Programa de Analise de Resíduos de Medicamentos Veterinários em alimentos de Origem Animal, denominado PAMvet-PR, da Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Pode ser considerado um sub-programa do Programa de Análise de Resíduos de Medicamentos Veterinários em Alimentos de Origem Animal – PAMVet, criado e desenvolvido pela Agência nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

O PAMvet-PR difere do PAMvet na metodologia utilizada para o desenvolvimento de suas ações. Logo no início, decidiu-se pelo Planejamento Estratégico Situacional, amplamente difundido dentro do Sistema Único de Saúde – SUS. Foram selecionadas 5 Regionais de Saúde – Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Curitiba - com o objetivo de desenvolver o programa de forma descentralizada aproveitando que existem Médicos Veterinários em todas e que nestas Regionais temos universidades estaduais que foram, também, incorporadas ao grupo de trabalho. Na coordenação foram nomeados o Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN/PR e o Departamento de Vigilância Sanitária ambos órgãos da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná- SESA, onde pode-se consultar os trabalhos que foram desenvolvidos desde 2003 até hoje.

Por conta deste trabalho e do Programa de Analise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA, somando-se o fato de ter-me especializado em Sistemas de informações em saúde nas intoxicações por agrotóxicos, andei de sala em sala palestrando pelo estado, e continuo até hoje com os Seminários denominados “Os Venenos em Nossos Pratos”, que são coordenados pelo Conselho de Fiscalização do Cumprimento da Lei de Rotulagem dos Transgênicos, grupo criado pela Casa Civil do Governo do Estado do Paraná.

Já ministrei palestras para um público de aproximadamente 10.000 pessoas neste período, publico esse composto pelas mais variadas pessoas, desde pequenos agricultores familiares até alunos de especialização e mestrado.

Logo no início, fui convidado a fazer uma palestra sobre Agrotóxicos e seus impactos na saúde, na Conferência de Saúde do Município de Maripá no oeste do estado, em decorrência de que lá a incidência de cânceres chamou a atenção do Ministério Público que solicitava providências. Lá estava eu falando quando resolvi solicitar a plenária de umas 350 pessoas, profissionais de saúde, usuários do SUS, outros profissionais e pessoas interessadas na questão saúde pública:

“Levantem as mãos quem conhece quem tem ou teve câncer?”

Fiquei muito assustado com o que vi. Aproximadamente 90% daquele plenário respondeu positivamente a questão, continuei perguntando sobre alergias e infertilidade, e obtive como reposta um percentual de aproximadamente 70 e 60%, respectivamente.

Depois de em todas as palestras formular as mesmas perguntas, em Cascavel mês passado resolvi especificar a solicitação para o câncer de mama para uma plenária que era composta em sua maioria por mulheres e jovens. A resposta foi alarmante 80% respondeu positivamente.

São indagações empíricas com respostas empíricas, entretanto, não posso esquecer que a resposta foi dada por estas 10.000 pessoas de municípios distintos, das várias regiões do estado, o certo é que as respostas me induzem perguntar:

1. Será que estas ocorrências possuem relação com a utilização indiscriminada de agrotóxicos?
2. Se sim, quais agrotóxicos, de qual grupo?
3. Herbicidas, talvez?
4. Será que as substâncias químicas caracterizadas como xenoestrogências podem estar criando tal situação?


Não tenho respostas, mas fica aqui o alerta:

Há ocorrência destas patologias para além das estatísticas oficiais.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O Programa de Dados de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos dos Estados Unidos

O Programa de Analise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos nos Estados Unidos é denominado The Pesticide Data Programa (PDP).
Foi implantado, em 1991, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos com o objetivo de fornecer subsídios para a Segurança Alimentar.

Desde então, o PDP tem realizado coletas em aproximadamente 600 distribuidores de alimentos, que fornecem uma grande variedade de produtos aos supermercados, em dez estados americanos, em várias regiões do país.
Todos estes distribuidores possuem etiquetas de identificação que indicam a origem do produto, o que garante a sua rastreabilidade até as origens e, em certos casos, provém informações referentes ao tipo de agrotóxicos que foi utilizado na produção do alimento.

As amostras analisadas pelo PDP incluem amostras domésticas e de importação, com especial atenção aos resíduos presentes em alimentos de maior consumo pelas crianças.


Veja mais no site oficial do PDP, onde você pode baixar os relatórios na versão original em Inglês, ou ler mais sobre o histórico do PDP em Espanhol .

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CCJ aprova mais rigor no controle sobre os agrotóxicos

Está publicado na Agencia do Senado a matéria que informa que a CCJ aprovou hoje projeto que atualiza os valores das multas e aperfeiçoa dispositivos na chamada Lei dos Agrotóxicos. O parecer favorável foi do senador Expedito Júnior (PR-RO), aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Entre as principais alterações destaca-se a que obriga que todos os agrotóxicos, componentes e afins comercializados no país sejam acondicionados em embalagens com sistema de código de barras do fabricante e do comprador. O objetivo é facilitar o trabalho de fiscalização do abandono de embalagens desses produtos em locais não apropriados.

O projeto (PLC 55/07), de autoria do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), também atualiza o valor da multa administrativa a ser aplicada aos infratores e diferencia os valores para pessoa física e jurídica, além de adaptar os tipos penais ao regime de multa adotado pelo Código Penal.
A proposta incluiu entre os objetos de fiscalização do Estado os alimentos contaminados, que poderão ser condenados ou inutilizados, a exemplo do que já ocorre com os produtos tóxicos. Também prevê a interdição de imóvel rural onde tenha ocorrido a infração das normas legais.
Na justificação da proposta, Dr. Rosinha registra que o mercado de agrotóxicos no Brasil movimenta cerca de US$ 2,5 bilhões por ano, sendo urgente a atualização da lei para garantir que as sanções impostas aos infratores "sejam de tal magnitude que desestimulem a prática do ilícito". O deputado acrescenta que a Lei dos Agrotóxicos é muito importante, não se podendo permitir "que venha a tornar-se letra morta", pois é sua correta aplicação que coíbe um número ainda maior de casos, "já calamitosos", de intoxicação de agricultores, poluição ambiental, contaminação de alimentos (com os consequentes danos à saúde do consumidor) e propaganda enganosa de pesticidas.

Na opinião do relator, senador Expedito Júnior, a proposta apresenta "alterações relevantes e que contribuem para a proteção à saúde e ao meio ambiente." O projeto será votado também pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) antes de ir a Plenário.

Externalidade negativa na produção agrícola com o uso de agrotóxicos

Em minhas palestras tenho discursado sobre a questão das externalidades negativas da produção agricola, para isso utilizo-me de uma figura que consta no artigo intitulado "Atividade agrícola e externalidade ambiental: uma análise a partir do uso de agrotóxicos no cerrado brasileiro", elaborado pelos pesquisadores Wagner Lopes Soares, Economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Marcelo Firpo Porto do Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Osvaldo Cruz.

Nesse artigo são discutidas as externalidades negativas associadas ao uso intensivo de agrotóxicos nos municípios do cerrado brasileiro relacionando-as, principalmente, aos danos ambientais e à saúde humana (de trabalhadores, famílias rurais e consumidores), demonstrando como os custos acabam sendo socializados.

Leia mais na Revista Ciência & Saúde Coletiva

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Batalha dos Orgânicos - o filme.

De forma bem humorada e tendo a temática do filme Star Wars de George Lucas, está postado no Youtube a versão do filme A Batalha dos Orgânicos com legendas em português. Excelente material didático para uso com todo tipo de público.

Assista no Youtube

Milho transgênico contamina produção convencional e orgânica

O Milho orgânico e convencional estão sendo contaminados por transgênicos. A TV Tarobá do Oeste do Paraná traz reportagem com agricultores que foram prejudicados pela contaminação transgênica.

Veja mais no Youtube

terça-feira, 2 de junho de 2009

Os Riscos, Agravos e Vigilância em Saúde no Espaço de Desenvolvimento

Tese intitulada Os Riscos, Agravos e Vigilância em Saúde no Espaço de Desenvolvimento do Agronegócio no Mato Grosso apresentada por Wanderlei Antonio Pignati à Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Osvaldo Cruz

Resumo
O estudo teve como objetivo analisar as situações de riscos, os agravos e a vigilância em saúde-ambiente dos processos produtivos no espaço de desenvolvimento agroindustrial-florestal (cadeia produtiva do agronegócio) de Mato Grosso. O trabalho está organizado em uma introdução do tema, três artigos e considerações finais.



Link para o documento na ENSP

Normas para alimentos orgânicos

Sábado dia 30, postei aqui no blog a matéria publicada pela Revista Portal Orgânico com os links para as Instruções Normativas que tratam das Normas Técnicas para a Obtenção de Produtos Orgânicos Oriundos a Partir do Extrativismo Sustentável Orgânico; do Regulamento Técnico para o Processamento, Armazenamento e Transporte de Produtos Orgânicos; e dos Mecanismos de Controle e Informação da Qualidade Orgânica.

Pela manhã fui comprar frutas na Feira de Orgânicos no Passeio Público aqui em Curitiba. Foi quando fui informado da publicação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA das normativas.

Resolvi, então, verificar o teor das normativas. Estou pasmo. Nesta altura do campeonato, deveria ter me acostumado às inversões de valores no mundo hoje em dia. Mesmo assim, fui ao texto. A Instrução Normativa de Nº 19, de 28 de maio de 2009, que define os Mecanismos de Controle e Informação da Qualidade Orgânica, possui em seu escopo, nada menos que 125 artigos e 24 Anexos, para tratar do assunto.

No Capitulo III que trata da Identificação da Qualidade Orgânica para a Venda Direta Sem Certificação, o Art. 123 define que os produtos orgânicos não certificados comercializados diretamente entre agricultores familiares e consumidores finais devem ser identificados de forma que permitam associar o produto ao agricultor responsável pela sua produção e este à Organização de Controle social a que está ligado.

Em contraste existe, aproximadamente, 430 princípios ativos para várias formulações de agrotóxicos aplicados nos alimentos produzidos de forma convencional sem que nenhuma normativa com relação a rastreabilidade destes produtos, nenhuma normativa quanto à necessidade de identificação em rótulo do alimento “in natura” ou não, dos venenos usados na sua produção e nenhuma normativa que defina a obrigatoriedade dos agricultores convencionais provarem estar associados a alguma Organização Social.

Mas melhor assim, são 125 artigos e 24 Anexos para os orgânicos, são necessidades e mais necessidades de comprovações, o que acaba sendo bom, pois ao tempo que criam dificuldades, acabam colaborando para a qualificação profissional destes agricultores que são obrigados a se organizarem, a se instruírem, a produzirem conhecimentos e informações que poderão trazer luz a soberania e segurança alimentar.

O estabelecimento dos Limites Máximos de Resíduos é baseado em estudos realizados pelas indústrias produtoras de venenos para determinada cultura agrícola. São os mesmos apresentados a ANVISA como parte da documentação exigida por aquele órgão, que autoriza ou não, tais limites, segundo metodologia que leva em conta a ingestão diária do alimento para uma pessoa adulta com 60 quilos e de fatores chamados de segurança intra-espécies e extra-espécies. A ANVISA define assim se tal produto agrotóxico é seguro ou não naqueles níveis de resíduos não causando nenhum malefício a saúde das pessoas “a luz dos conhecimentos científicos atuais durante toda a sua vida”, conforme definição de legislação.

Não avalia, entretanto, se esta pessoa é do sexo masculino ou feminino, se é criança ou adolescente, se é mulher em idade fértil, se está grávida ou não.

ASSIM, o Ministério da Agricultura e Pecuária deve, também, normalizar os produtos agrícolas que usam agrotóxicos criando toda as necessidades, bem vindas, que criou para os produtos orgânicos.

Dizem os juristas que a Lei deve ser igual para todos.

SERÁ???????

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Condições de trabalho associadas ao uso de agrotóxicos na cultura de tomate de mesa em Goiás

RESUMO

O Estado de Goiás, em 2005 foi o maior produtor de tomate do Brasil. Para garantir a produção e controlar as pragas que atacam essa cultura, o tomaticultor apóia-se em pacotes tecnológicos utilizando a aplicação sistemática de produtos químicos. Objetivou-se, neste trabalho, conhecer o cenário no qual os trabalhadores da cultura de tomate em Goiás estão inseridos. Foram selecionados, por meio de amostragem sistemática, seis municípios: Bonfinópolis, Corumbá de Goiás, Goianápolis, Leopoldo de Bulhões, Pirenópolis e Silvânia. Os dados foram obtidos a partir das visitas de campo realizadas no período de dezembro de 2004 a outubro de 2005 e foram utilizados os seguintes instrumentos: entrevista, questionário proposto aos trabalhadores que manipulam os agrotóxicos e a técnica da observação livre. A partir da análise das informações foi possível concluir que esses trabalhadores estão constantemente expostos aos agrotóxicos e há uma falta de preparo para a manipulação dessas substâncias.

Sueli Martins Freitas AlvesI; Paulo Marçal FernandesII; Joel Orlando Bevilaqua MarinIII

IEngenheira Agrônoma, Doutora em Agronomia - Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas - Universidade Estadual de Goiás/UEG - Br 153, Km 98 - Jardim Arco Verde - Cx. P. 459 - 75110-390 - Anápolis, GO - suelifreitas@ueg.br
IIEngenheiro Agrônomo, Doutor em Entomologia - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos/EA - Universidade Federal de Goiás/UFG - Rodovia Goiânia/Nova Veneza, Km 0 - Campus Samambaia - Cx. P. 131 - 74001-970 - Goiânia, GO - pmarta@terra.com.br
IIIVeterinário, Doutor em Sociologia - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos/EA - Universidade Federal de Goiás/UFG - Rodovia Goiânia/Nova Veneza, Km 0 - Campus Samambaia - Cx. P. 131 - 74001-970 - Goiânia, GO - marin@agro.ufg.br


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