sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

AGRICULTORES DO CENTRO-OESTE DOS ESTADOS UNIDOS PEDEM A REAVALIAÇÃO DO AGROTÓXICO ATRAZINA PRODUZIDO PELA SYNGENTA

A atrazina é um herbicida produzido pela Syngenta que tem seu uso autorizado no Brasil para as culturas agrícolas do abacaxi, cana-de-açúcar, milho, pinus, seringueira e sisal. A classificação toxicológica realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA define como sendo medianamente tóxico. (Veja Monografia).


Segundo a Pesticide Action Network - PAN, grupos de agricultores familiares em todo o Centro-Oeste dos Estados Unidos estão pedindo a Agência de Proteção Ambiental – EPA daquele país, que dê prioridade a Ciência independente e reavalie a atrazina.


Em uma carta enviada a Administratora da EPA, Lisa Jackson, mais de uma dúzia de grupos defendem que só um processo totalmente transparente e que rejeite o viés de investigação preliminar produzido pela fabricante do herbicida, a Syngenta, irá resultar em uma revisão que pode servir aos interesses dos agricultores, o público em geral e do ambiente. "Como os agricultores são a linha de frente da exposição a substâncias químicas precisamos que a EPA torne decisões científicas baseadas no interesse de nossa saúde, a saúde de nossa família e para a saúde da nossa comunidade", disse Paul Sobocinski criador de gado do sudoeste de Minnesota.


Segundo a PAN entre 1998 e 2003, cerca de sete milhões de pessoas foram expostas nos Estados Unidos a atrazina em água de beber tratada em níveis acima daqueles autorizados por órgãos estaduais e federais da saúde.

A atrazina produz um desequilíbrio do sistema endócrino, o que significa que pode interagir com o sistema hormonal e ter impactos negativos sobre a saúde em níveis extremamente baixos de exposição. Informam ainda, que estudos demonstram que a atrazina pode afetar o sistema reprodutivo humano, diminuindo a contagem de espermatozóides e aumento das taxas de infertilidade.


A atrazina tem sido associada ao elevado risco de vários tipos de câncer, incluindo o linfoma não-Hodgkin, câncer de mama e de próstata. Os cientistas descobriram que os baixos níveis de atrazina produzem castração química em sapos e pode induzir aborto em roedores de laboratório.



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